terça-feira, 27 de agosto de 2013

Sede Nacional da Igreja Metodista Responde à Solicitação de Informações sobre os Retiros dos Bispos 2012/2013

Sede Nacional da Igreja Metodista Responde à Solicitação de Informações sobre os Retiros dos Bispos 2012/2013

Consideramos um gesto de respeito e transparência por parte da Sede Nacional, através da Secretária Nacional de Vida e Missão e do presidente do Colégio Episcopal a iniciativa de atender à solicitação de informações.

Sendo a Igreja Metodista uma Associação, cujos membros tem direitos e deveres estabelecidos pelo Código Civil, é dever de toda e qualquer diretoria de associações da sociedade civil prestar esclarecimentos e fornecer informações aos seus membros.


Esperamos que a prática de esclarecer e fornecer informações financeiras e gerenciais torne-se um saudável hábito por parte das pessoas escolhidas para administrarem a Igreja e que a prática de solicitar as informações sempre que isso for cabível torne-se um necessário exercício de cidadania cristã por parte dos membros da Igreja Metodista em todo o Brasil.

Segue abaixo a resposta enviada pela revda.Joana D'Arc Meireles, Secretária Nacional de Vida e Missão da Igreja Metodista.





Prezado Fábio Martelozzo Mendes
Paz!

Informo que o Orçamento da Sede Nacional é aprovado pela COGEAM com a receita proveniente de alugueis de propriedades da AIM. Há outros recursos que não são utilizados no orçamento da Sede Nacional advindos das regiões eclesiásticas e que fazem parte do rateio das seis regiões eclesiásticas, além da sede nacional, para sustento de obreiros e obreiras das regiões missionárias. Há, ainda,recursos advindos de Igrejas e Organismos cooperantes para projetos sociais.

A demonstração financeira é publicada anualmente no Expositor Cristão com notas explicativas, pareceres do Conselho Fiscal da AIM, relatório de Auditoria Externa e aprovação da COGEAM.

Despesas do Retiro do Colégio Episcopal estão dentro do orçado do ano, atendendo as normativas aprovadas: Tesouraria Geral assume despesas de hospedagem de todos participantes do retiro, de viagem das esposas dos bispos ativos, viagem da Secretária Executiva para Vida e Missão e do Secretário Executivo do Colégio Episcopal. As Regiões Eclesiásticas assumem respectivamente as despesas de viagem da bispa e dos bispos.

Em 2012, o retiro foi realizado em Manaus (AM): Hospedagem, aluguel de salão com equipamentos de som e vídeos e alimentação: R$ 18.462,00; passagens aéreas R$ 15.682,00.

Em 2013, o retiro foi realizado em Natal (RN): Hospedagem, aluguel de salão com equipamentos de som e vídeos e alimentação: R$16.083,00; passagens aéreas R$ 9.609,00.


Sororalmente,

Joana D´arc Meireles
Secretária para Vida e Missão da Igreja
Sede Nacional da Igreja Metodista
Telefone: (11)2813-8600
Fax: (11)2813-8632 / (11)2813-8635

Comentários da Rede Metodista Confessante.

a) O custo dos retiros dos bispos conforme informado pela Sede Nacional foi de: 2012 (Manaus) - R$ 34.144,00 e 2013 (Natal) - R$ 25.692,00

b) Estes valores referem-se aos custos pagos pela Tesouraria Geral, conforme esclarecimento da revda.Joana D'Arc e não contemplam gastos assumidos por cada Região Eclesiástica. Portanto, não se referem aos custos totais dos eventos assumidos pela Igreja Metodista (ou seja, seus membros) em todas as suas áreas.

c) Conforme esclarecimento da revda.Joana D'Arc Meireles, nenhum custo com os Retiros dos Bispos foi pago pelas instituições de ensino vinculadas ao COGEIME, através de emissão de nota fiscal e fatura em nome das instituições.

Ainda sobre o Retiro dos Bispos:

15 de julho de 2013: Resposta à Solicitação de Informações sobre os Gastos com o Retiro dos Bispos


09 de julho de 2013: Solicitação de Informações à Sede Nacional da Igreja Metodista


02 de julho de 2013: Retiro dos Bispos ou Férias na Praia?

Mesa Redonda - Justus Nelson: Presença Protestante na Amazônia da Era da Borracha (1880-1925)

Mesa Redonda - Justus Nelson: Presença Protestante na Amazônia da Era da Borracha (1880-1925)





Encaminho a todos o convite da Mesa Redonda que debaterá sobre um personagem histórico, que representou o protestantismo no Pará no início da República brasileira; trata-se de Justus H. Nelson, missionário metodista norte-americano e fundador do jornal O Apologista Christão Brazileiro.

Justus Nelson foi perseguido por motivos religiosos e travou embates com o catolicismo da época.

Todos são convidados! Data e local estão no convite em anexo:
Atenciosamente,

Visite também o blog do grupo:

Cláudio Lísias G. dos Reis Silva
Secretário Executivo - Presbitério do Norte da IPI do Brasil
Programa de Pós-graduação em Ciências da Religião - UEPA
Celular: (91) 8148-8358 (tim) /  8761-1183 (Oi)
Skype: claudio.lisias2    Hotmail: claudiolreis@hotmail.com

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Assédio Moral na Igreja - Prática Nefasta que Urge Combater

Assédio Moral na Igreja - Prática Nefasta que Urge Combater





O assédio moral vem a ser caracterizado como um comportamento que utilizando técnicas de desestabilização, conduzem o indivíduo a um estado de desconforto psíquico que pode evoluir para a irritação, estresse e até mesmo depressão. Isto pode ocorrer na família, na vida social e dentro de empresas. Evidentemente, numa instituição religiosa (igreja), onde seus membros são “salvos”, as possibilidades da ocorrência do assédio moral são “minimizadas”, certo? Errado! Errado! Infelizmente tem sido “maximizadas”, ampliadas, e o risco de alguém ser vitima de tal pressão são aumentativas, especialmente os envolvidos em cargos de liderança. Infelizmente essa violência perversa cada vez mais atinge as igrejas.

METODOLOGIA: os moralmente perversos utilizam as mais variadas técnicas: os subentendidos, alusões malévolas, a mentira, humilhações. Por meio de palavras aparentemente inofensivas, alusões, sugestões ou não-ditos, é efetivamente possível desequilibrar uma pessoa ou até destruí-la.

1ª) A primeira fase do assédio consiste em DESESTABILIZAR a vítima. É toda e qualquer conduta abusiva manifestando-se, sobretudo por comportamentos, palavras, atos, gestos, escritos que possam trazer dano à personalidade, à dignidade, ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa. Em seguida esses ataques vão se multiplicando e a vítima é seguidamente acuada, posta em situação de inferioridade, submetida a manobras hostis e degradantes durante um período maior. É a repetição dos vexames, das humilhações, sem qualquer esforço no sentido de abrandá-las, que torna o fenômeno destruidor. Assim acossada, a pessoa não consegue manter o seu potencial. Ela é estressada, crivada de críticas e censuras, para que se sinta seguidamente sem saber de que modo agir.

2ª) A segunda fase do assédio consiste em DESQUALIFICAR a vítima. Subentendidos, alusões desestabilizantes ou malévolas, observações desabonadoras. Pode-se assim levantar progressivamente a dúvida sobre a idoneidade, a honra, a competência, pondo em questão tudo que ele faz ou diz.

3ª) A terceira fase do assédio consiste em DESACREDITAR a vitima. Para pôr o outro para baixo, é ridicularizado, humilhado e coberto de sarcasmo até que perca toda a autoconfiança. Geralmente usa-se a calúnia, a mentira, tudo de modo que a vítima perceba o que se passa, sem que possa, no entanto, defender-se.

A VITIMOLOGIA – uma pessoa que tenha sofrido uma agressão psíquica como a do assédio moral é realmente uma vítima, pois seu psiquismo é alterado de maneira mais ou menos duradoura.

CONSEQUÊNCIAS: As consequências “emocionais” e “espirituais” desse estado de coisas para uma igreja não devem ser negligenciadas, já que a deterioração do ambiente provoca uma diminuição importante da eficácia ou do rendimento do grupo.

A IMPUNIDADE: O que tem contribuído para o crescimento dessa prática no seio da igreja é, sem dúvida nenhuma, a certeza da impunidade. Se na justiça comum isso já vem sendo tratado como crime (com pena que vai de indenização por danos morais e até prisão), na igreja não se trata nem como pecado. O assédio moral está totalmente liberado. Isso é desmoralizante, para não dizer, uma vergonha. Está na hora de combatermos esse mal, e com coragem, fazermos justiça, afinal, segundo Jesus “a nossa justiça deve exceder a dos escribas e fariseus”. Os sindicatos e organismos que atuam em defesa de trabalhadores desenvolvem campanhas para informar o que é o assédio moral, como ele ocorre, as formas de combatê-lo etc. No entanto, vimos identificando no meio evangélico certas resistências ao combate desse fenômeno, representada pela ausência de reflexão crítica dos seus membros, do corporativismo, do compromisso com as amizades, não com a verdade; com as conveniências, não com as evidências. Daqueles que escolhem o silêncio da covardia em detrimento ao grito da coragem. Preferem o distanciamento, em vez do posicionamento.

As Igrejas deveriam ficar atentas ao problema e combater biblicamente todas as formas de assédio moral que possam atingir os seus membros. Respeito é bom, e todo mundo gosta.

Rev. Derli Machado

Publicado originalmente em: 
http://vidacomsentidopleno.blogspot.com.br/2011/05/assedio-moral-na-igreja-pratica-nefasta.html

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Palavra Pastoral para a Igreja Metodista de Terra Rica: Uma Comunidade Missionária a Serviço do Povo?

Palavra Pastoral para a Igreja Metodista de Terra Rica:
Uma Comunidade Missionária a Serviço do Povo?





Por causa de uma gripe forte no final de Julho, tinha que passar vários dias de “molho”, descansando enquanto Maria cuidava bem de mim. Durante este tempo dormia bastante e nos intervalos assistia a TV. Foi justamente durante a semana da visita do Papa Francisco ao Brasil.

Achei interessante observar como ele insistiu em estar presente em lugares onde tinha pessoas menos favorecidas da sociedade. Uma imagem que me tocou bastante foi vê-lo na comunidade pobre de Varginha. Enquanto ele falava sorridente sobre a importância de justiça e da dignidade para todas as pessoas, dava para ver no fundo outras autoridades religiosas com faces carrancudas que pareciam fora do lugar e desconfortáveis naquela comunidade. Davam pouca atenção às palavras do Papa e ignoravam o povo. Talvez preferissem o conforto das suas próprias comunidades mais luxosas.

Isso me levou a pensar sobre nossa própria Igreja Metodista. Será que somos, como diz nosso lema, uma “Comunidade Missionária a Serviço do Povo”? Ou estamos mais confortáveis como bispos e bispa, pastores e pastoras, membros, nas comunidades com mais oportunidades para nos promover, onde há mais possibilidades de ter poder e dinheiro? A nossa igreja vive seu lema? Ou estamos desconfortáveis quando saímos da tranquilidade da qual estamos acostumados?

Estou muito esperançoso de que Terra Rica vai ser uma bênção na minha vida e na de Maria. Estamos chegando em Terra Rica sentindo o calor das pessoas que estão frequentando os cultos, mas também deixando para trás uma realidade de vida bem diferente da qual vamos encontrar agora; deixamos uma condição de vida e de trabalho mais confortável e segura para nos arriscarmos num projeto muito diferente do que vivemos juntos até hoje. Mas isso não está sendo um peso para nós, porque sabemos que Deus simplesmente nos enviou para florescermos numa terra nova, terra nove a rica.

Esperamos que nossa chegada seja uma bênção para esta pequena igreja, e que juntos possamos ser uma “Comunidade Missionária a Serviço do Povo” desta cidade. Amém! (Que assim seja!)

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Teologia no Plural - Entre a libertação e a gratuidade: reflexões teológicas sobre espiritualidade.


Teologia no Plural - Entre a libertação e a gratuidade: reflexões teológicas sobre espiritualidade.

Claudio de Oliveira Ribeiro

Introdução

Na introdução desse livro, havia afirmado que, olhando prospectivamente a situação da educação teológica, veremos que nas próximas décadas a teologia será mais integrada à espiritualidade. Nossa compreensão é que isso se dará como reação e respostas aos desafios advindos das mais diversas formas de vivência espiritual que se despertaram na passagem para o Século XXI. Estão inclusas aí a espiritualidade da libertação com sua dimensão profética, política e ecumênica, assim como as expressões religiosas de caráter 
mais individualista e avivalista, passando também pelas influências, que serão crescentes, das formas de espiritualidade das religiões não cristãs. Será que isso ocorrerá? 

Há tempos, ainda na década de 1990, participei de um encontro entre teólogos brasileiros ligados aos movimentos evangelical e ecumênico e ouvi em uma das apresentações uma frase que marcou minhas reflexões vinda do pastor Ricardo Barbosa que “a teologia precisa ser mais espiritual e a espiritualidade necessita ser mais teológica”. Trata-se de um desafio singular que tenho buscado em minha trajetória pastoral e acadêmica. Gostaria muito de um dia poder dar uma contribuição mais efetiva nessa área e reconheço que as ideias a seguir são limitadas, incipientes e precisariam ser muito mais desenvolvidas. Considero, portanto, que, não podendo pagar essa enorme dívida, intuímos uma ou outra visão que possa, ao se somar à outras de tantos pensadores que hoje se debruçam sobre tais preocupações, ser algo que motive a reflexão e, sobretudo, as experiências de vida em torno de uma espiritualidade viva, autêntica e que alimente nossos sonhos e os desafios missionários hoje.

Artigo Completo: https://www.dropbox.com/s/9uwt2gx164nb6nz/Espiritualidade-futuro.pdf

O Sedutor Futuro da Teologia. São Paulo: Fonte Editorial, 2012 (org.)

Analisa os desafios que a realidade sociocultural apresenta para a reflexão teórica no campo da teologia e das ciências da religião, principalmente o tema do futuro da educação teológica no Brasil e o da espirtualidade. Destaca, com o texto de Vânia Daibert, os temas da sexualidade humana, em especial a homossexualidade e as possibilidades de fortalecimentos de comunidades eclesiais inclusivas, e com o texto de Daniel Souza, realça aspectos de uma cristologia pluralista.


http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/3979646/o-sedutor-futuro-da-teologia