7. A mesa é de Cristo
Ao orientar os primeiros pregadores e seguidores/as do movimento metodista Wesley escreve: ”De modo algum, porém, queremos nos distinguir dos cristãos reais – qualquer que seja sua denominação – como também daqueles que, sinceramente, buscam aquilo que reconhecem ainda não possuem. 'Pois quem quer que faça a vontade de meu Pai, que está no céu, este é meu irmão e irmã ou mãe'”. (João Wesley, As Marcas de um Metodista; p.8)
Ao orientar os primeiros pregadores e seguidores/as do movimento metodista Wesley escreve: ”De modo algum, porém, queremos nos distinguir dos cristãos reais – qualquer que seja sua denominação – como também daqueles que, sinceramente, buscam aquilo que reconhecem ainda não possuem. 'Pois quem quer que faça a vontade de meu Pai, que está no céu, este é meu irmão e irmã ou mãe'”. (João Wesley, As Marcas de um Metodista; p.8)
Num mundo em que o mapa das guerras e conflitos armados aponta as religiões organizadas como maior fator de ódio entre os povos, o ecumenismo e o diálogo inter-religioso estão entre as mais importantes afirmações de busca da Paz. “Eu não acredito na existência de uma espiritualidade que não seja solidária e que não veja na outra pessoa o reflexo de Cristo.” (Richarlls Martins, Igreja Metodista do Brasil, no artigo O mundo é minha paróquia. In: Juventude: ressuscitadora de Esperança - Caderno de Formação para Missão, p. 27)
Somente a crença equivocada de que somos donos da mesa de Cristo e portanto, mais especiais que os outros, pode explicar nossa intolerância. Por isso Wesley, ao falar das marcas dos metodistas escreve: “... Eu gostaria que toda gente entendesse que eu, e os que me seguem (os Metodistas), veementemente nos recusamos a sermos distinguidos dos outros homens a não ser pelos princípios do Cristianismo – o simples, o velho cristianismo é o que eu ensino, renunciando e detestando a todos os demais sinais que sirvam para a distinção. Qualquer pessoa que seja o que eu proclamo (qualquer que seja a denominação que prefira, pois nomes não mudam a essência das coisas) é um Cristão (...).” (João Wesley, As Marcas de um Metodista; p7.)
O compromisso com o ecumenismo e com o diálogo inter-religioso indica nossa recusa de ser seita; nossa recusa em aceitar que as religiões sejam usadas por líderes políticos/religiosos para fomentar o ódio. Por causa deles, há muita gente no mundo disposta a morrer ou matar em nome de Deus. Por isso, em nosso país devemos estar atentos aos líderes religiosos que pregam e agem contra essas e outras afirmativas para a Paz; como se Deus fosse patrimônio de certos os grupos. Ao falar das Marcas de um metodista Wesley afirmou: “Quanto, porém, a todas as opiniões que não atingem à raiz do cristianismo, nós pensamos e deixamos pensar, pois quaisquer que sejam, certas ou erradas, não são as marcas distintivas de um metodista, como também não o são palavras ou frases de qualquer espécie.” (João Wesley, As Marcas de um Metodista; p.2)
Não é só a Igreja, instituição, que deve perguntar por sua relevância; cada individuo deverá perguntar que legado deixará nesse mundo.
Quando o missionário metodista Stanley Jones e outros cristãos arriscavam suas vidas para seqüestrar mulheres viúvas que seriam mortas na cerimônia fúnebre de seus maridos, conforme a tradição em determinados lugares da Índia, demostraram a importância da “rebeldia”. Não podemos ser reféns da cultura, como não podemos ser reféns de um “Mercado religioso” orientado por conveniências de momento. É conveniente que líderes religiosos aceitem pressões moralistas a favor da homofobia, contra o ecumenismo e o diálogo inter-religioso, contra maçonaria, etc.; quando assim agem, escondem medos pessoais e apequenam-se em seus oportunismos eleitoreiros, cujo desejo primário se evidencia apenas pela manutenção de seus cargos e salários. Procure os/as “Stanleys Jones” da Igreja Metodista brasileira. A presença ou a ausência deles/as é um forte indicativo se estamos, ou não, sendo sal e luz como igreja.
Na mesa que tem Cristo como anfitrião todos são acolhidos com amor, respeito e tolerância. Como discípulos/as somos livres para "não aceitar", mas, tolerância, amor e respeito está além de nossos valores particulares; é peculiar de nossa ética cristã.
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