domingo, 27 de maio de 2012

Celebração pela vida de Elias Boaventura


‘‘ Do alto Ele me estendeu a mão e me tomou.
Trouxe-me para um lugar espaçoso. Livrou-me.
Porque Ele se agradou de mim.” Salmo 18. 16, 19





                                                                                                                                                              
 (Elias em 1978)

Celebração pela vida de Elias Boaventura
         (1937 – 2012)

Acolhida

Saudação da Presidente da Associação dos Granberyenses
Setor Rio – Cláudia Romano de Sant’ Anna

Invocação

Dirigente - “Que se abram as portas, que nossos olhos vejam que nossos corações sintam.
Todos -         Ó mistério da graça, aproxima-te de nós!
Dirigente - Sim, aproxima-te de nós e compartilha conosco a alegria deste encontro.
Todos-         Que nossas vozes expressem, a alegria da tua proximidade.”

Coro - Mensagem Celestial– Regente: Marcos Paulo

Doxologia
Espírito do Trino Deus vem sobre mim.
Espírito do Trino Deus vem sobre mim.
Quebranta-me. Consome-me.
Transforma-me. Transborda-me.
Espírito do Trino Deus. Vem sobre nós!

Destaques: (1) Palavra de Cibele Paradela

Livro: “Desmemórias” A força do fraco de Elias Boaventura
“Pessoas que conseguem viver de bem com a vida são eternas.Vivem sempre ao lado daqueles que as conheceram e continuam alimentando suas lembranças”. (pág. 16)“Nascemos para viver e morrer, e, quanto mais útil for a vida, mais saudosa será a ausência. A morte de quem  viveu o amor não se dá de fato, porque, apesar da passagem que se faz,  continua-se vivo no coração de quem nos amou.” (pág. 158)
“Viver é difícil porque a existência é complexa, floresta perigosa, cheia de encruzilhadas, incertezas, armadilhas e desvios, só é possível de serem superados se fizermos nossa completa entrega.” (pág.71)
                                                                                                                           
(2)-Palavra de Clóvis Paradela

Coro Mensagem Celestial – Hino “ Segurança e Paz” HE.272

Palavra de Victor José Ferreira-

Desmemorias”  – “Eu trabalhava com minha mãe, como apanhador de café.
Começávamos muito cedo e ficávamos até o fim da tarde.
Depois de organizar uns feixes de lenha, os colocávamos na cabeça e iniciávamos a cansativa viagem de volta para casa
(...) Quase sempre encontrávamos meu pai, que juntava nossos feixes, para nós pesados, colocava-os no ombro livrando-nos do peso e trazendo grande alívio ao cansaço.
(...) Que saudade! Que falta às vezes me faz encontrar alguém que me proporcione semelhante alívio sem me exigir nada.
Gosto de pensar que o grande Pai nos faz isso nos momentos de baixa, de depressão e de cansaço. Se deixarmos, Ele carrega nossos pesos, assume nossas dores e nos permite usufruirmos de sua companhia.” (pág.98)

Solo – PAI NOSSO – Márcio Antônio Affonso

(3) Palavra de Tércio Machado Siqueira

“Desmemorias”– “Tenho pensado muito nisso. Com que frequencia as nuvens do cotidiano sepultam nossa fé, escondem nosso sol e nos colocam ao relento.
São nuvens construídas por nós, obra involuntária de nós mesmos, que nos amofinam e nos tornamos infelizes e frios.
(...) Via de regra, as nuvens que nos tiram a paz estão muito mais perto de nós do que imaginamos. É a instabilidade que vivemos, a falta de dinheiro para o mínimo que precisamos, enfermidades, irritações involuntárias causadas por fatores localizados fora e dentro de nós, medo do futuro e coisas que o valham.” (pág. 129)

Conjunto Puritanos–Hino: Levantai-vos,moços crentes – CC-550

(4) Palavra de Ronaldo Satlher Rosa

Desmemorias” - “Mister Moore, dirigiu-se a mim amorosamente, pedindo que eu observasse algumas coisas para o meu futuro (eu era candidato a pastor).
Suas palavras foram: “Em sua vida, nunca tenha pressa em punir pessoas que, por estarem sofrendo, pecam, mas não são más.
Evite ser instrumento de divulgação de erros alheios e use fatos para desenvolver sua solidariedade. Pergunte sempre se com seus atos não contribuiu involuntariamente para que tais fatos acontecessem.
É muito difícil, mas necessário e inteligente, que tentemos compreender as razões do outro. Implore sempre a Deus que perdoe o errado e o ajude a vencer suas falhas.” (pág. 75)

Conjunto Puritanos-Hino: OS GUERREIROS – HC - 212

(5) Palavra de Almir de Souza Maia

Desmemorias” - “ Meu caro Elias, me disse o professor Irineu Guimarães, você se engana em uma coisa: eu jamais saí do Granbery nem ele nunca saiu de mim. (...) O Granbery é um estado de  espírito e está sempre com a gente, distribuindo carinho, matando saudades, nos entregando tarefas e nos convocando a toda hora para novas lutas.(...) O espírito granberyense é tão grande que não cabe nele mesmo, não fica dentro dos muros da casa e contagia tudo e a todos ao seu redor: tanto os que estão próximos como os que ficam distantes.”(pág.110)

Hino  Granberyense  - 1ª, 2ª, 3ª estrofes

Música: José Eutrópio / Letra: Guaracy Silveira
Granberyenses, a historia sagrada
Desta casa que o nome nos dá
Há de ser em nossa alma guardada.
Nosso lema na vida será;
REFRÃO
Eia, avante granberyenses,
Com firmeza varonil!               (bis) 
Deus e Pátria trabalhemos,
Pela glória do Brasil !

Granberyenses, a Pátria nos chama,
Preparemos o nosso porvir,
Pois a luta gloriosa reclama
Que saibamos com fé resistir.

Granberyenses, um dia, passado
Nosso tempo de estudo e labor,
Para a honra do Granbery amado,
Mostraremos o nosso valor.
                =========

 (6) Palavra de Adahyr Cruz

“Desmemorias” Em 28 de janeiro, quando completei l6 anos, fui recomendado pela Igreja Metodista para ser aluno do Granbery, em Juiz de Fora, MG.
(...) Foi a glória! Conquista inimaginável,que me transferia imediatamente de classe social, me conferia privilégios de rico, especialmente porque naquela época o Granbery era considerado o melhor colégio de Minas Gerais, onde só os ricaços fazendeiros colocavam seus filhos depois de acirrada disputa por vagas. (...) Cheguei ao Granbery assustado com tudo: movimento de carros, tamanho do prédio, animação de pessoas e a atenção de todos.
 (...) De cara, mudaram meu nome para Trombone, dado o vozeirão que tinha, e a partir daí eu deveria fazer as refeições à mesa, como nunca havia feito antes, usar a incômoda faca ao lado do garfo, dar ouvidos ao toque do sino, para levantar da cama, ao triângulo, avisando que o refeitório terminava o atendimento do dia. (...) Passados mais de 40 anos, após ter conhecido inúmeras instituições escolares, confesso que até agora não encontrei nenhuma que tenha conseguido contagiar tanto seus alunos como o Granbery o fez, por gerações e gerações de estudantes.” (págs) 42/171)

Canção – Sino Granberyense

Música: da canção popular “Bull Dog”
Letra: Nelson de Godoy Costa
O sino de manhã cedo,/ Faz a turma levantar,
Conduz às aulas, à bóia/ Depois faz “tudo” ir deitar.
E o sino sempre a bater,/ Fazendo frio ou calor,
Aqui dirige todos/ Pensando que é Reitor.
Refrão 1:
Bate sino até cansar,/ Toque sino até quebrar...
Sinto um arrepio,/ Porque já faz frio,
Bate ‘inda mais/ Toca ‘inda mais.
Hás de rebentar!
Bater sempre é meu dever;/ Não se zangue, meu rapaz!
Se eu dormir, como vai ser?/ Ninguém quer trabalhar mais.
Não se zangue, meu rapaz!/É dever que vou cumprir;
Há de chegar o dia/De nunca mais me ouvir.

Quando um dia terminado/ Nosso estudo feito aqui,
Sino bom, quanta saudade,/ Quanta saudade de ti!
Todo dia, sem cessar?/ Sem jamais me fatigar,
Hei sentir a falta? Das vezes que te ouvi.
Refrão 2:
Bate o sino até cansar,/ Toque sino até quebrar...
Sinto um arrepio,/ Porque já faz frio,
Bate ‘inda mais,/ Toque ‘inda mais
Vou me levantar...

Agradecimentos: Reitoria do Instituto Metodista Granbery
Associação Nacional dos Granberyenses
Academia Granberyense de Letras, Artes e Ciências (Aglac)
Familiares e amigos de Elias Boaventura
Coro Mensagem Celestial  –  Coralistas e regente
Pastor Messias Valverde – Pastoral do Granbery                                          
Funcionários e convidados

ENCERRAMENTO –                                                                                        

Benção Araônica -  Coro Mensagem Celestial  -
Participantes deverão se levantar para ouvir  a Benção Araônica.
A seguir, com as mãos espalmadas  - ouvir e repetir o texto abaixo:
                      
                 BENÇÃO IRLANDESA
Que a estrada se erga ao encontro do teu caminho.
Que o vento esteja sempre às tuas costas.
Que o sol brilhe quente sobre tua face.
Que a chuva caia suave sobre teus campos.
E até que nos encontremos de novo.
Que Deus te guarde na palma da Sua Mão. Amém!

       
Ao deixar-te, Granbery

“Eu te deixo e tua sombra me acompanha Como um braço de afeto que me prende;
 E enquanto atinjo o cimo da montanha
 A minh’a alma num preito se te rende! (...)
Bendigo-te, acenando o meu adeus
À tua torre erguida no infinito,
Semelhando, serena, mão de Deus
A apontar o destino do proscrito!”

           José Sucasas Júnior
    Granberyense dos anos 1930




                                ****
Programa elaborado por:   Cláudia Romano de Sant’ Anna
Equipe de apoio:              Cibele Paradela – Secretária
                                           Clóvis Paradela -  Reitor do Instituto Metodista  Bennett
                                           Victor José Ferreira – Granberyense Afetivo                           
                                         -  Rio de Janeiro, 26 de maio de 2012
      g r a t i d ã o
Aos Reitores
 Em vós, repousam nossos pensamentos e eterna gratidão, pois a vós, devemos a existência do GRANBERY e dos meios que o tornaram vitorioso.

Aos Professores
 Que nos ensinaram com amor, carinho, dedicação e paciência, orientando-nos para a vida:
Nosso agradecimento.

 Aos Funcionários
 Que dedicaram seu tempo e se integraram ao colégio na convivência com seus alunos e familiares:
Nosso reconhecimento.

Aos colegas
 Que nunca deixaram que se apagasse a chama do “Espírito Granberyense” vivenciada na “casa que o nome nos dá.”
 Nossa amizade.

Aos que se foram
 Pelo que representaram, nos sonhos e ideais que tiveram, enquanto conviveram conosco:
Nossa saudade!

                               Texto de Cláudia Romano de Sant’ Anna                 
Em homenagem aos 120 anos do Granbery prestada durante o almoço anual da Associação dos Granberyenses – Setor Rio em 29 de agosto de 2009.

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