terça-feira, 14 de abril de 2015

Carta aberta ao revmo.bispo Roberto Alves de Souza



Carta, assinada por 55 pessoas da Igreja Metodista em Bela Aurora, entregue ao Bispo Roberto ontem, a respeito do Pastor Moisés Coppe:


Ao Revmo. Bispo Roberto Alves de Souza
Bispo Supervisor da 4ª Região Eclesiástica da Igreja Metodista
Em mãos
Juiz de Fora, 12 de abril de 2015.
Prezado Bispo,
Esta carta aberta tem a intenção de manifestar nosso sentimento e nossas preocupações em relação ao que aconteceu com o querido Pastor Moisés Coppe, que estava à frente de nossa Igreja até semana passada, quando entregou suas credenciais pastorais. Não se trata de um documento oficial da igreja local, uma vez que não foi objeto de discussão no Concílio, por falta de tempo e condições pata tal. É um manifesto pessoal, compartilhado pelas pessoas que a ele aderiram.

Primeiramente, queremos manifestar nossa profunda tristeza com a perda desse grande pastor que foi para todos nós o Moisés. Testemunhamos sua retidão de caráter, seu comportamento exemplar à frente da nossa igreja, seu amor incondicional a todas as suas ovelhas e sua brilhante capacidade de dirigir palavras sábias, profundas e embasadas na Sã Doutrina, seja nos aconselhamentos individuais, nas classes da Escola Dominical, nas pregações e em todas as demais oportunidades. É até difícil narrar a comoção que tomou conta da Igreja quando recebemos a notícia. No culto de Páscoa, apesar da beleza da programação, com destaque para a participação de nossas crianças, todos se emocionaram muito com a perda desse Pastor. De crianças a idosos, muitos choraram.

Julgamos que o Pastor Moisés foi injustiçado quando, em 2011, sofreu processo disciplinar. O motivo de tal processo – o recebimento de irmãos de Belém do Pará como membros de nossa igreja, não nos parece razoável. Como punir quem acolhe, quem recebe à comunhão? Sabemos que ele foi, muitas vezes, perseguido e injustiçado pela intransigente defesa que faz do que considera representar a essência da fé metodista e pelas corajosas críticas a determinados movimentos e ações que, embora estejam na moda, contrariam o que acreditamos ser coerente com a história do metodismo.

Estamos decepcionados também com a rápida aceitação do pedido de desligamento que ele apresentou, sem qualquer tentativa de reconciliação. Um obreiro da qualidade do pastor Moisés merecia ao menos uma tentativa de reversão dessa situação. 

Estamos, portanto, solidários ao nosso querido Pastor e manifestamos por esta carta irrestrito apoio às causas por ele defendidas.

Em Cristo Jesus, nosso Senhor e Salvador,

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