Li atentamente a matéria publicada no Jornal da Vila nº 1553, escrita pelo irmão Roberto Pimenta. Eu participei do famigerado Concílio Geral de 2006, como membro da Comissão Geral de Constituição e Justiça, e, consequentemente, do julgamento da Ação Declaratória de Nulidade da eleição de bispos. Desejo adiantar que votei acompanhando o bem elaborado voto do Relator, Rev. Gerson Marques Fernandes, para julgar procedente o pedido, ante o absurdo cometido no plenário de Aracruz (1ª fase do concílio), durante os escrutínios para eleição de bispos. Era tão flagrante a ilegalidade e imoralidade cometidas durante a eleição, que o Bispo Nelson Luiz Campos Leite, presidente da sessão, interrompeu o processo para exortar duramente os "irmãos" que negociavam e influenciavam os votos dos delegados. Há um equívoco na informação contida na notícia que o irmão Roberto Pimenta traz no JV nº 1553 sobre o julgamento pela CGCJ, ocorrido no Concílio Geral de 2006 (2ª fase). Não houve empate no julgamento da ação declaratória proposta pelo Rev. Adahyr Cruz, visando a declaração de nulidade da eleição de bispos. A CGCJ julgou procedente a ação, porque 3 (três) dos seus membros, de um total de 6 (seis), haviam votado pela procedência do pedido (o relator e mais dois outros membros). O presidente da CGCJ, que não participou do julgamento, pois deixou o concílio para tratar de assuntos pessoais, ao retornar ao local do encontro (UMESP), tomando conhecimento do resultado, comunicou aos demais membros que também iria votar, muito embora se saiba que o voto do presidente é apenas um voto de qualidade (para desempate). Os três membros que votaram favoravelmente ao pedido sustentaram essa tese, mas o Dr. Carlos Walter, que faleceu pouco tempo após, insistiu que deveria votar. Contrariando a maioria, ele (Carlos Walter) votou para empatar e votou novamente para desempatar, ou seja, não houve empate du-rante o julgamento. A ação foi julgada procedente, mas o presidente Carlos Walter, (...), de forma arbitrária, votou para empatar o julgamento e, depois, fazendo uso do seu voto de qualidade (que seria legítimo se houvesse empate durante o julga-mento - até no Supremo Tribunal Federal o voto do presidente é de qualidade), votou de novo para desempatar o empate que ele mesmo gerou. Uma vergonha para Igreja Metodista. Registrei minha indignação logo após o Dr. Carlos Walter divulgar sua decisão (não da CGCJ, que já havia julgado procedente o pedido) para o plenário que, extasiado aplaudiu de pé. Mantenho em minha posse a ata daquela sessão com o registro. (...) Espero ter colaborado um pouco mais com as verdades contidas na matéria. Fiquem na Graça
Fonte Jornal da Vila, Edição 1555, 08 de janeiro de 2012
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