Ato Ecumênico em Memória dos Mortos e Desaparecidos
Participe dos atos ecumênicos pela Memória, Verdade & Justiça. O primeiro acontecerá no dia 2 de novembro, no Rio de Janeiro, em memória das pessoas mortas e desaparecidas durante a ditadura civil-militar do Brasil e por todas/os as/o perseguidas/os e e que sofrem violações de direitos pelo Estado. O local: Cemitério de Ricardo de Albuquerque. Horário: 9h.
O segundo acontecerá em São Paulo, também no dia 2 de novembro, no Cemitério de Vila Formosa. Início às 10h30, no portão do Velório. Também recordaremos as pessoas mortas pela ditadura cujos corpos foram enterrados clandestinamente. Mas também lembraremos as vítimas das chacinas praticadas pela violência policial em São Paulo.
Comitê da Verdade Vladmir Herzog; Comitê Paulista pela Memória, Verdade e Justiça; CLAI - Conselho Latinoamericano de Igrejas; CONIC - Conselho Nacional de Igrejas Cristãs; KOINONIA - Presença Ecumênica e Serviço; REJU - Rede Ecumênica da Juventude.
Consolidar, avançar e agir na busca pela valorização da identidade metodista.
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Mais homenagens a Victor José Ferreira
Mais homenagens a Victor José Ferreira
Faleceu Victor José
Ferreira
Clóvis de Oliveira Paradela
Espalhem a notícia dentre os cidadãos do Reino: tombou um príncipe em
Israel: nosso querido Victor foi promovido a glória aos 3 minutos de hoje, 25
de outubro.
Nos últimos dias o seu corpo foi morrendo, entrando em falência e sobrou
o coração que insistiu em bater durante muitas horas ainda. Quem o conheceu
sabe da pessoa amorosa que foi e por isso não poderia ser diferente: seu
coração morreria bem depois dos demais órgãos.
Fez carreira na Rede Ferroviária Federal desde os 12 anos, quando entrou
como aprendiz na escola profissionalizante em Além Paraíba. Na
Rede teve uma carreira brilhante, ocupando vários postos entre Instrutor de
Formação Profissional a Diretor de Recursos Humanos e Organizacionais. Após sua
aposentadoria ocupou-se em trabalhos de consultoria, tendo prestado serviços a
empresas públicas, privadas e do terceiro setor.
Na Igreja Metodista aceitou o convite para ser “pastor de dedicação
voluntária” e, posteriormente, pastor suplente, numa época que faltavam
pastores na Igreja. Depois voltou à condição de membro leigo da Igreja.
Na condição de presidente do Conselho Diretor do Bennett assumiu
interinamente a Reitoria daquele Instituto Metodista nos anos 80, função que
ocupou por um ano sem remuneração, acumulando com seu trabalho na Rede Ferroviária. Na última década foi Superintendente do
Cogeime e novamente Reitor do Instituto Metodista Bennett.
O Victor casou-se com Celinéia (Celi), minha irmã. Ele era pessoa
extremamente amorosa, abnegada, que sabia promover a vida das pessoas à sua
volta, inspirando, incentivando. Não me lembro dele falando mal de alguém ou
com expressões maldosas que destroem reputações. Ao contrário, sempre destaca
aspectos bons das pessoas.
Com sua generosidade ajudou a muita gente a tomar um rumo na vida,
inclusive a mim em minha adolescência. Era um excelente conselheiro e como
sabia nos inspirar confiança e visão de futuro.
Durante sua enfermidade nunca reclamou. Falava sempre que estava tudo
bem. No dia 16 de outubro foi internado e entrou em coma pela primeira
vez. À minha esposa, Emylucy, médica que
o acompanhava nestes dias, sempre dizia “o bom de tudo é que Deus está
conosco”. No domingo passado após o culto da tarde fui visitá-lo e por isso fui
o último a falar com ele. Após uma rápida conversa e uma oração, despedi-me dizendo
“O bom de tudo...” e ele completou “é que Deus está conosco”. Estas foram as
suas últimas palavras em vida.
Deus esteve com ele. Hoje seu rosto estava com expressões de
tranquilidade. Ele estava bonito, com boa aparência. Deus esteve com ele e
agora ele está com Deus.
Coloco aqui uma lápide de honraria a este guerreiro vencedor que “morreu
de pé”, meu ídolo e herói da infância e adolescência.
“Deus o deu, Deus o tirou, louvado seja o nome do Senhor.”
Rio de Janeiro, 25/10/2012
João 4:14 “... a água
que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna”.
Estimada irmã Celinéia e familiares,
Um laço rompido, uma partida, um desfecho, é sempre um
lamento, uma dor, uma tristeza dessas que nos aquietam e nos fazem parar. O
final de uma história, de uma vida, é ainda mais triste, pois sugere saudade,
distância, ausência. Quando, porém, a lembrança é capaz de se encontrar com a
vitalidade dos bons ideais e o vigor de um trabalho bem feito, a alma se faz
nova e a vida, mesmo quando finda, se renova pela eternidade, como uma fonte
que jorra para sempre através da amizade que um dia se fez.
São estas as lembranças que o Instituto Educacional
Piracicabano da Igreja Metodista e suas mantidas guardarão do Prof. Victor José
Ferreira, companheiro desta Instituição de muitos anos como membro do Conselho
Diretor e Presidente do Conselho Diretor. Sua contribuição foi ímpar, seu
testemunho sinalizador do Reino de Deus e seu zelo inspirador em todos os
momentos da vida institucional. Sua ausência será sentida, mas os frutos do seu
trabalho permanecerão indicando a força da fé e da esperança na educação e na
vida.
Piracicaba, 25 de outubro de 2012
Clovis Pinto de Castro
Diretor Geral
Instituto Educacional Piracicabano da Igreja Metodista
Piracicaba, 29 de outubro de 2012
Muitos escreveram sobre o Victor nos últimos dias
Demorei muito a encontrar esse arquivo.
Gostaria de dividi-lo com vocês. Esse era o Victor que
amávamos, de quem sentimos saudades, de quem tantas boas lembranças vão
permanecer.
Se alguém de
Abraço
BIA
Em 2007, em resposta a um
material que recebi da Domingueira Poética referente ao Dia da Mulher, escrevi
ao Victor um texto a partir do qual pretendia agradecer-lhe a gentileza e a
atenção. E dizia que achava que “ele devia partilhar essa história que, não sei
porque, você nunca relatou nos e-mails. Ela é tão significativa quanto o texto
que você nos enviou pelo Dia da Mulher. Desculpe se vai nela um pouco de
imaginação, mas é como eu senti seu significado quando a ouvi de você”. Victor
respondeu dizendo que talvez a enviasse a uma mala direta mais restrita, que
chamava de Mala Direta Afetiva Eletrônica, para “pessoas as quais tenho a
liberdade de pedir que não me julguem cabotino”.
Para os que não a leram, acho que
é uma história e uma homenagem que valem
ainda hoje.
“São Paulo da correria, das
manhãs cinzas, dos mendigos que se espalham. E das pessoas que se ignoram,
passando pelas esquinas que acumulam rotinas dos mesmos horários, e que nem
assim fazem com que bons-dias se tornem um hábito. Nestes todos dias que levam
ao trabalho, ele cruza, quase que cotidianamente, com a mendiga que fica
próxima à sede da Igreja Metodista. Como tantas outras, sentada na calçada.
Talvez abandonada pela sorte. Talvez abandonada por si mesma antes de ser
abandonada pelos outros. Às vezes pedindo ajuda, às vezes recebendo uma moeda.
São dezenas os que passam por ela, saídos do metrô que leva e traz diferentes
destinos. Mas poucos a olham, pensam no sol e na chuva que torna a chuva um
pouco pior, embora mais difícil seja mesmo a solidão, que se soma à fome,
talvez ao medo das ruas.
Com o tempo eles se cumprimentam,
dele ela passa a receber bom dia, um sorriso. Não sei se chegam a conversar.
Mas há um pouco de humanidade na troca de algum aceno entre ambos.
Num 8 de março de um ou dois anos
atrás, o nosso Victor passou por uma floricultura para chegar à sede da Igreja
Metodista com mais uma de suas gentilezas às tantas mulheres que ali dividiam
os espaços consigo. Mas entre o metrô e o edifício, estava a mendiga. E nada
lhe pareceu mais natural que ela recebesse a primeira das flores.
Uma lágrima escorreu dos olhos
daquela mulher. Foi mais que surpresa. Certamente foi a certeza de ainda estar
viva. Talvez de sentir-se renascida. Respeitada. Olhada como gente. De repente,
perceber que alguém rompera a barreira do silêncio.
Não o final da história. Nem se a
mendiga permaneceu na esquina, nem se continuaram se cumprimentando. Sequer sei
o que ela terá feito com aquela flor.
Mas sei que o gesto de dar aquela
flor talvez seja o mais significativo que tenha visto, em muitos anos, de
respeito e reconhecimento às mulheres.
É muito mais a ele do que à sua
lembrança ( eu escrevia diretamente ao Victor)
de envio de um poema que talvez
devêssemos agradecer neste 8 de março.”
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
DICIONÁRIO DAS PALAVRAS ERUDITAS QUE CONSTAM DO HINÁRIO EVANGÉLICO
DICIONÁRIO DAS PALAVRAS ERUDITAS QUE CONSTAM DO HINÁRIO EVANGÉLICO
Palavras eruditas ou que caíram em desuso no costume popular tornaram-se incompreensíveis. Assim, o propósito deste trabalho é contribuir para que ao cantar e louvar ao Senhor através de cânticos consagrados e lindos, as pessoas, de qualquer nível social, possam entender perfeitamente seu significado.
As palavras constam em ordem alfabética e tem em frente o número do(s) hino(s) em que são utilizadas. Abaixo vem a descrição de seu significado através de sinônimos ou explicações colhidas principalmente do Dicionário Aurélio.
Autoria de Davi F.Barros, ex-Reitor da UMESP, da UNIMEP e do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix.
ACRISOLA – 148
- purifica.
AFÃ – 390
- ânsia.
AGRURAS – 471
- empecilhos, dificuldades.
ALBOR – 292
- primeira luz do dia.
ALBORES – 412
- primeiras luzes do dia.
ALCANTIL – 120
- rocha escarpada.
ALEIVOSOS – 410
- fraudes.
ALENTA-LHE – 208
- anima-lhe.
ALENTO – 03,140,190,212,364
- coragem, ânimo.
ALFIM – 126
- finalmente.
ALTANEIRA – 407
- elevada.
ALTIVO – 139,435
- nobre.
ALVA – 54
- a claridade da manhã.
ALVOR – 431
- a claridade da manhã.
AMEIAS – 04
- detalhe decorativo das antigas muralhas.
AMIÚDE – 497
- repetidas, constantes.
AMPLEXO - 28
- abraço.
ANELA – 217
- deseja ardentemente.
ANELANDO – 247
- desejando ardentemente.
ANELOS – 495
- desejos ardentes.
APRAZ – 102,125,235,264,337
- agrada.
APRISCO – 64
- casa.
APROUVER – 210
- se lhe agradar.
ARAGEM – 457
- brisa, vento brando.
ARAUTO – 491
- mensageiro.
ARCHOTE – 25
- facho de fogo para iluminar.
ARDIL – 91,495
- armadilha.
ARGÊNTEO – 400
- prateado.
ARIDEZ – 379,473
- secura.
ARREBOL – 356
- por do sol.
ARVORAI – 424
- ostentai, alardeai.
ASSAZ – 22,238
- bastante.
ASSOLAÇÃO – 439
- devastação, destruição.
ÁTRIOS – 47,113,441,473
- aposentos.
ATROZ – 33,35,63,147,171,384,413
- desumano.
AUGUSTO – 105,194,291
- respeitável.
AURA – 309
- brisa, sopro.
ÁUREAS – 441
- douradas, magníficas.
AURIFÚLGIDA – 492
- que brilha como ouro.
AURORA – 340,486,491
- início da vida.
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Homenagem ao Victor José Ferreira - por rev.Ely Eser
Homenagem ao Victor José Ferreira - por rev.Ely Eser
Família Paradela e confessantes,
Já me comuniquei diretamente com a Celi, reagindo a seu forte e belo depoimento, entre a informação da morte e o sepultamento.
Como o Victor desfrutava nossa amizade no contexto de nossas várias comunidades, parece indispensável despedirmo-nos e homenageá-lo também em comunidade. Se esta perda parece prematura, não nos cabe arguir o tempo da vida.
Se o Victor fará falta em muitos dos setores nos quais ele atuou, a qualidade deste seu envolvimento fica como lição para aquelas e aqueles que eram companheiros e sócios destas ricas atividades. Do cinema, que ele descobrira em sua terra natal com o pai do cinema brasileiro, Humberto Mauro, tendo atuado como artista ainda adolescente em tomadas que ocorreram na cidade, à literatura e poesia, que ele cultivava dioturnamente, nas "Domingueiras Poéticas" repartidas com um enorme grupo de amigos todas as semanas, como nos saraus e encontros literários formais, muitos organizados por ele mesmo. Da experiência ferroviária, ampliada por sua condição de mineiro, enraizada na longa carreira ferroviária, que o conduziu a liderar programas de preservação ferroviária no extenso território nacional, juntando aqui artistas, poetas, músicos que cantaram o "trem", até sua competente atuação no complexo setor da educação metodista, como administrador, reitor, sonh ador, realizador.
Se a tradição religiosa wesleyana foi seu berço fundamental, tendo servido sua Igreja em múltiplos organismos e funções, inclusive a pastoral, seu coração wesleyano o levou aos horizontes acima mencionados, entre outros, com um toque marcante: punha a máxima qualidade em tudo o que empreendia. Era de conversa fácil e agradável, um irriquieto provocador de eventos os mais inesperados. Como wesleyano, foi um homem de seu tempo, atento aos múltiplos movimentos de sua época, em praticamente todos os níveis imagináveis, com um estilo, como atestado por sua esposa Celinéia como traço dominante de sua despedida, visivelmente elegante.
Ely Eser
Família Paradela e confessantes,
Já me comuniquei diretamente com a Celi, reagindo a seu forte e belo depoimento, entre a informação da morte e o sepultamento.
Como o Victor desfrutava nossa amizade no contexto de nossas várias comunidades, parece indispensável despedirmo-nos e homenageá-lo também em comunidade. Se esta perda parece prematura, não nos cabe arguir o tempo da vida.
Se o Victor fará falta em muitos dos setores nos quais ele atuou, a qualidade deste seu envolvimento fica como lição para aquelas e aqueles que eram companheiros e sócios destas ricas atividades. Do cinema, que ele descobrira em sua terra natal com o pai do cinema brasileiro, Humberto Mauro, tendo atuado como artista ainda adolescente em tomadas que ocorreram na cidade, à literatura e poesia, que ele cultivava dioturnamente, nas "Domingueiras Poéticas" repartidas com um enorme grupo de amigos todas as semanas, como nos saraus e encontros literários formais, muitos organizados por ele mesmo. Da experiência ferroviária, ampliada por sua condição de mineiro, enraizada na longa carreira ferroviária, que o conduziu a liderar programas de preservação ferroviária no extenso território nacional, juntando aqui artistas, poetas, músicos que cantaram o "trem", até sua competente atuação no complexo setor da educação metodista, como administrador, reitor, sonh ador, realizador.
Se a tradição religiosa wesleyana foi seu berço fundamental, tendo servido sua Igreja em múltiplos organismos e funções, inclusive a pastoral, seu coração wesleyano o levou aos horizontes acima mencionados, entre outros, com um toque marcante: punha a máxima qualidade em tudo o que empreendia. Era de conversa fácil e agradável, um irriquieto provocador de eventos os mais inesperados. Como wesleyano, foi um homem de seu tempo, atento aos múltiplos movimentos de sua época, em praticamente todos os níveis imagináveis, com um estilo, como atestado por sua esposa Celinéia como traço dominante de sua despedida, visivelmente elegante.
Ely Eser
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Falecimento do professor Victor José Ferreira
Falecimento do professor Victor José Ferreira
Com pesar, recebemos notícia do falecimento do Prof. Victor José Ferreira, que tem uma importante contribuição à educação metodista no Brasil. Dentre as várias funções que exerceu na área educacional, ele foi diretor executivo do COGEIME, Instituto Metodista de Serviços Educacionais, entidade que integra e supervisiona a Rede Metodista de Educação. Um culto de ação de graças foi marcado para as 13h do dia 25 de outubro, na Igreja Metodista situada na Pça José de Alencar s/n, Flamengo, próximo ao Largo do Machado, Rio de Janeiro. O sepultamento será no Cemitério São João Batista, em Botafogo, às 16h.
Natural de Volta Grande, Minas Gerais, o Prof. Victor nasceu em 11 de fevereiro de 1943.
Com 11 anos mudou-se para Além Paraíba e aos 14 ingressou como Aluno-Aprendiz da então Escola Profissional Ferroviária, em convênio com o SENAI. Trabalhou durante 37 anos na Rede Ferroviária Federal, como professor e gestor, em diversos setores. Também exerceu várias funções na área educacional metodista: foi membro dos Conselhos Diretores do IEP, Instituto Educacional Piracicabano (mantenedor da UNIMEP, Universidade Metodista de Piracicaba e do Colégio Piracicabano); do Instituto Metodista Granbery e do IMB – Instituto Metodista Bennett, (mantenedor do Centro Universitário e do Colégio Bennett), onde exerceu também as funções de Diretor Geral, Reitor e Diretor do Colégio. Foi também Diretor Executivo do Cogeime, Instituto Metodista de Serviços Educacionais, entidade que integra e supervisiona a Rede Metodista de Educação.
Ao longo de sua vida, dedicou-se com afinco a projetos educacionais, sociais e culturais. Liderou a criação do MPF, Movimento de Preservação Ferroviária, em 1997 e presidia a entidade, cujos objetivos são a preservação do patrimônio histórico ferroviário e a revitalização do transporte sobre trilhos no país. Publicou dois livros inspirados pelas imagens e memórias das ferrovias brasileiras: “O Trilho e a Flor” e “Estórias do Trem”.
Seus esforços foram reconhecidos em várias homenagens. Recebeu título de cidadão honorário de Além Paraíba – MG e de Miguel Pereira – RJ. Recebeu a Medalha Tiradentes, da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro; Medalha Mauá, do Ministério dos Transportes; Medalha do Mérito Ferroviário, da RFFSA; a Comenda Humberto Mauro, pela Prefeitura de Volta Grande. Foi agraciado, em 2007, com o título de Cidadão Solidário, concedido pelo Conare – Comitê Nacional para Refugiados e pelo ACNUR – Alto Comissariado da ONU para Refugiados.
Num breve relato como esse, talvez se possa transmitir uma noção, assumidamente despretensiosa, do que representou toda uma vida de serviço. Inútil seria descrever a admiração que o Prof. Victor despertou pelos lugares em que passou, sempre fazendo muitos/as amigos/as, graças a qualidades como gentileza, dedicação e serenidade – a mesma serenidade que demonstrou do diagnóstico de um câncer agressivo aos momentos finais da despedida. Sua família, também grande e carinhosa, abriu uma página no Facebook especialmente para publicações das notícias e das dezenas de palavras de conforto. Compartilhamos uma dessas postagens: uma poesia de autoria do próprio Prof. Victor, relembrada por sua família:
PAZ
(Victor José Ferreira)
Eu sinto paz, Senhor,
a cada vez que contemplo
a harmonia do universo que criaste.
Sinto-a na infinitude do céu estrelado,
na solidão da mais distante galáxia,
no permanente refluir das ondas
de um mar que não parece ter fim.
Eu sinto paz, Senhor,
no olhar terno da criança,
na mulher que embala o filho,
no velho que sonha com o passado,
na esperança recriada em cada vida jovem.
Mas eu te peço, Senhor,
que a tua paz se revele a mim.
Não apenas no universo que me rodeia.
Eu a quero, Senhor,
na intimidade da minha alma,
ocupando-me todo o coração.
E que esta paz, Senhor,
extravasando de mim,
envolva a todos que me cercam,
fazendo do nosso convívio,
aqui e agora,
uma antevisão do teu reino.
Natural de Volta Grande, Minas Gerais, o Prof. Victor nasceu em 11 de fevereiro de 1943.
Com 11 anos mudou-se para Além Paraíba e aos 14 ingressou como Aluno-Aprendiz da então Escola Profissional Ferroviária, em convênio com o SENAI. Trabalhou durante 37 anos na Rede Ferroviária Federal, como professor e gestor, em diversos setores. Também exerceu várias funções na área educacional metodista: foi membro dos Conselhos Diretores do IEP, Instituto Educacional Piracicabano (mantenedor da UNIMEP, Universidade Metodista de Piracicaba e do Colégio Piracicabano); do Instituto Metodista Granbery e do IMB – Instituto Metodista Bennett, (mantenedor do Centro Universitário e do Colégio Bennett), onde exerceu também as funções de Diretor Geral, Reitor e Diretor do Colégio. Foi também Diretor Executivo do Cogeime, Instituto Metodista de Serviços Educacionais, entidade que integra e supervisiona a Rede Metodista de Educação.
Ao longo de sua vida, dedicou-se com afinco a projetos educacionais, sociais e culturais. Liderou a criação do MPF, Movimento de Preservação Ferroviária, em 1997 e presidia a entidade, cujos objetivos são a preservação do patrimônio histórico ferroviário e a revitalização do transporte sobre trilhos no país. Publicou dois livros inspirados pelas imagens e memórias das ferrovias brasileiras: “O Trilho e a Flor” e “Estórias do Trem”.
Seus esforços foram reconhecidos em várias homenagens. Recebeu título de cidadão honorário de Além Paraíba – MG e de Miguel Pereira – RJ. Recebeu a Medalha Tiradentes, da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro; Medalha Mauá, do Ministério dos Transportes; Medalha do Mérito Ferroviário, da RFFSA; a Comenda Humberto Mauro, pela Prefeitura de Volta Grande. Foi agraciado, em 2007, com o título de Cidadão Solidário, concedido pelo Conare – Comitê Nacional para Refugiados e pelo ACNUR – Alto Comissariado da ONU para Refugiados.
Num breve relato como esse, talvez se possa transmitir uma noção, assumidamente despretensiosa, do que representou toda uma vida de serviço. Inútil seria descrever a admiração que o Prof. Victor despertou pelos lugares em que passou, sempre fazendo muitos/as amigos/as, graças a qualidades como gentileza, dedicação e serenidade – a mesma serenidade que demonstrou do diagnóstico de um câncer agressivo aos momentos finais da despedida. Sua família, também grande e carinhosa, abriu uma página no Facebook especialmente para publicações das notícias e das dezenas de palavras de conforto. Compartilhamos uma dessas postagens: uma poesia de autoria do próprio Prof. Victor, relembrada por sua família:
PAZ
(Victor José Ferreira)
Eu sinto paz, Senhor,
a cada vez que contemplo
a harmonia do universo que criaste.
Sinto-a na infinitude do céu estrelado,
na solidão da mais distante galáxia,
no permanente refluir das ondas
de um mar que não parece ter fim.
Eu sinto paz, Senhor,
no olhar terno da criança,
na mulher que embala o filho,
no velho que sonha com o passado,
na esperança recriada em cada vida jovem.
Mas eu te peço, Senhor,
que a tua paz se revele a mim.
Não apenas no universo que me rodeia.
Eu a quero, Senhor,
na intimidade da minha alma,
ocupando-me todo o coração.
E que esta paz, Senhor,
extravasando de mim,
envolva a todos que me cercam,
fazendo do nosso convívio,
aqui e agora,
uma antevisão do teu reino.
O rev.Sérgio Marcus Lopes escreveu o seguinte poema em homenagem ao prof.Victor:
ETERNO FERROVIÁRIO!
Para Celinéia – em especial! – e para todos os Ferreira e Paradela que tiveram o privilégio de conviver com o Victor!
Caro Victor, grande amigo,
Em viagem para o Além!
Nesta super-ferrovia
Vai em frente, vai de trem!
Tua estrada é bem segura,
Não há nada que temer.
Os seus trilhos são bem firmes
Nada pode te deter.
Seus dormentes são bem postos
Neles podes confiar.
Vê? Não há qualquer perigo
Deste trem descarrilar.
Já cruzaste muitas pontes,
Muitos túneis, meu irmão.
Já chegaste em segurança
A esta última estação.
Todo o tempo o Maquinista
Foi tocando este teu trem,
Com cuidado, conduzindo,
Te levou ao Sumo Bem.
Cá ficamos teus amigos
De saudades a chorar.
Mas espera, pois um dia
Vamos todos te encontrar!...
(com muito, muito carinho, Sérgio Marcus)
Para Celinéia – em especial! – e para todos os Ferreira e Paradela que tiveram o privilégio de conviver com o Victor!
Caro Victor, grande amigo,
Em viagem para o Além!
Nesta super-ferrovia
Vai em frente, vai de trem!
Tua estrada é bem segura,
Não há nada que temer.
Os seus trilhos são bem firmes
Nada pode te deter.
Seus dormentes são bem postos
Neles podes confiar.
Vê? Não há qualquer perigo
Deste trem descarrilar.
Já cruzaste muitas pontes,
Muitos túneis, meu irmão.
Já chegaste em segurança
A esta última estação.
Todo o tempo o Maquinista
Foi tocando este teu trem,
Com cuidado, conduzindo,
Te levou ao Sumo Bem.
Cá ficamos teus amigos
De saudades a chorar.
Mas espera, pois um dia
Vamos todos te encontrar!...
(com muito, muito carinho, Sérgio Marcus)
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Eric Hobsbawm e os Metodistas Ingleses
Eric Hobsbawm e os Metodistas Ingleses
Morreu no dia 1º/10/2012, aos 95 anos de idade, o historiador Eric Hobsbawm. Em breve artigo, o pesquisador Lyndon de Araújo Santos, doutor em História e pastor da Igreja Congregacional, mencionou como Hobsbawm reconheceu a importância dos metodistas, como vanguarda e núcleo indutor dos movimentos de trabalhadores na Inglaterra do final do século XVIII, os quais resultaram em conquistas fundamentais para a humanidade, conquistas essas que até hoje formam parte do legado da democracia e dos direitos humanos. Transcrevo o que registrou o pr. Lyndon Santos, (irmão do professor Lincoln Santos, do Instituto Metodista Bennett):
A atual geração de historiadores brasileiros foi profundamente marcada pelos escritos de Hobsbawm. Lembro que li em 1989, no primeiro ano da licenciatura em História, um dos capítulos do livro “Rebeldes primitivos” onde discorreu sobre os movimentos de protestos sociais ligados às igrejas metodistas e aos avivamentos wesleyanos de fins do século 18. Segundo sua visão, o movimento operário organizado no século seguinte surgiu desde as mobilizações políticas e sociais daqueles cristãos. No entanto, este processo sofreu uma secularização “necessária” para a formação da consciência de classe oprimida.
Esta história serve de advertência profética aos que estão impondo um regime de alienação para a Igreja Metodista no Brasil, bem como de negação da santidade bíblica, nos moldes como a viveram os primeiros metodistas. Essa era a igreja dos tempos de John Wesley, uma igreja promotora dos movimentos sociais.
Timidamente, tentamos imitá-la, quando missionários norte-americanos, simpatizantes da teologia do Evangelho Social criaram o Instituto Central do Povo, no Rio de Janeiro. Posteriormente, saímos na vanguarda dos evangélicos brasileiros, com a nossa versão do Credo Social. Nos anos de 1980, com muita dificuldade, face aos bolsões de reacionários, foi produzido e aprovado o Plano de Vida e Missão da Igreja.
Depois desses marcos gloriosos da nossa marca metodista, que nos ligavam à identidade wesleyana, vieram sucessivos retrocessos, até chegar à negação do que éramos, devido à neopentecostalização da Igreja, atualmente em curso.
Ignorar nossa história não será uma aventura impune. Os resultados virão: a promoção de falsas espiritualidades, a instalação de simulacros em lugar do evangelho, a derrocada, o fracasso, o fim. Desejo, sinceramente, que todos reflitamos, enquanto é tempo, e nos arrependamos, com obras dignas de arrependimento.
Quem foi Eric Hobsbawm: Considerado um dos historiadores atuais mais importantes, Hobsbawm, além de velho militante de esquerda, utilizou-se do método marxista para a análise da História, sempre a partir do princípio da luta de classes. Foi membro da Academia Britânica e da Academia Americana de Artes e Ciências. Foi professor de História no Birkbeck College (Universidade de Londres) e foi professor da New School for Social Research de Nova Iorque. http://pt.wikipedia.org/wiki/Eric_Hobsbawm
Quem foi Eric Hobsbawm: Considerado um dos historiadores atuais mais importantes, Hobsbawm, além de velho militante de esquerda, utilizou-se do método marxista para a análise da História, sempre a partir do princípio da luta de classes. Foi membro da Academia Britânica e da Academia Americana de Artes e Ciências. Foi professor de História no Birkbeck College (Universidade de Londres) e foi professor da New School for Social Research de Nova Iorque. http://pt.wikipedia.org/wiki/Eric_Hobsbawm
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Justiça anula Ato Complementar 02/2002
Justiça anula Ato Complementar 02/2002
Na sexta-feira passada, dia 28/09/2012, foi publicado no site institucional da Igreja Metodista ( http://www.metodista.org.br ) a seguinte notícia:
Em atendimento a sentença proferida nos autos de processo judicial movido por Paulo Ferreira da Silva contra a Associação da Igreja Metodista, em trâmite perante a 4ª Vara Cível do Foro Regional do Jabaquara, Comarca de São Paulo, que determinou a anulação do Ato Complementar nº 02/2002 do Colégio Episcopal da Igreja Metodista, segue, na íntegra, a referida decisão.
ACESSE O DOCUMENTO NA ÍNTEGRA AQUI!
O Ato Complementar 02/2002 dizia que qualquer Metodista que movesse ação judicial contra a Igreja Metodista perderia o direito a ser eleito em qualquer cargo da hierarquia eclesial e caso ocupasse algum cargo perderia o direito ao mandato. A justiça considerou abusivo tal ato pois ele não pode se sobrepujar à Constituição Federal que garante amplo direito de acesso à justiça a todos os cidadãos e cidadãs brasileiros/as.
Este mesmo Ato Complementar foi utilizado como justificativa para manter clérigos sem nomeação por longos períodos, impedindo o exercício da vocação ( http://metodistaconfessante.blogspot.com.br/2010/09/inquisicao-moderna.html ).
Todavia, o que chama a atenção é o seguinte:
Na sexta-feira passada, dia 28/09/2012, foi publicado no site institucional da Igreja Metodista ( http://www.metodista.org.br ) a seguinte notícia:
Em atendimento a sentença proferida nos autos de processo judicial movido por Paulo Ferreira da Silva contra a Associação da Igreja Metodista, em trâmite perante a 4ª Vara Cível do Foro Regional do Jabaquara, Comarca de São Paulo, que determinou a anulação do Ato Complementar nº 02/2002 do Colégio Episcopal da Igreja Metodista, segue, na íntegra, a referida decisão.
ACESSE O DOCUMENTO NA ÍNTEGRA AQUI!
O Ato Complementar 02/2002 dizia que qualquer Metodista que movesse ação judicial contra a Igreja Metodista perderia o direito a ser eleito em qualquer cargo da hierarquia eclesial e caso ocupasse algum cargo perderia o direito ao mandato. A justiça considerou abusivo tal ato pois ele não pode se sobrepujar à Constituição Federal que garante amplo direito de acesso à justiça a todos os cidadãos e cidadãs brasileiros/as.
Este mesmo Ato Complementar foi utilizado como justificativa para manter clérigos sem nomeação por longos períodos, impedindo o exercício da vocação ( http://metodistaconfessante.blogspot.com.br/2010/09/inquisicao-moderna.html ).
Todavia, o que chama a atenção é o seguinte:
- A data da sentença é 05 de fevereiro de 2004. Por que somente em 28 de setembro de 2012 ela foi publicada?
- Por que a notícia também não foi publicada no Expositor Cristão de setembro e de outubro, muito embora a Sede Nacional tivesse conhecimento da sentença desde 2004?
- A notícia não está na página inicial do site institucional ( http://www.metodista.org.br ) e nem no índice de notícias ( http://www.metodista.org.br/allnews.xhtml ). Para acessá-la é preciso digitar "ato complementar" no campo de busca do site institucional. Qual o motivo da Sede Nacional deixar a notícia publicada nos servidores da Igreja mas impedir que a membresia tenha acesso a ela?
- Por fim, a justiça da Igreja Metodista excede a justiça dos escribas e fariseus?
Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus. (Mateus 5.10)
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Luz e Direção para o Caminho - Estudos Bíblicos
Luz e Direção para o Caminho - Estudos Bíblicos
Disponibilizamos aos metodistas brasileiros este material editado pela Agentes da Missão, editora da 5ª Região, responsável pela implantação do programa Dons e Ministérios.
Se a Bíblia é nossa única regra de fé e prática o estudo bíblico deve acompanhar cada passo que damos em missão. O que isso quer dizer? O nosso ministério pessoal e em grupo não consiste apenas em nossas ações de amor fora do templo. Como ministros em missão somos enviados pelo Cristo, o Filho do Deus Missionário. A fonte de nosso ministério é, assim, Deus e sua Palavra.
Nãos erá normal ficarmos ocupados com o nosso serviço missionário que deixemos passar várias semanas sem estudos bíblicos. Não podemos ser missionários de nós mesmos. Por outro lado, a Bíblia é nossa regra de prática. Não será normal fazermos dois estudos bíblicos seguidos sem nenhuma prática missionária de permeio.
Aqui são apresentados uma série de três roteiros de estudos bíblicos para cada grupo de ministério. Os dois primeiros servem como treinamento prático para acumular experiência. O terceiro deve servir de subsídio inicial para a ação integrada de todos os ministérios da igreja local em uma única ação missionária concreta, um ponto missionário de bairro.
Download aqui (Parte 1 - capítulos 1 a 4).
Download aqui (Parte 2 - capítulos 5 a 8).
Download aqui (Parte 3 - capítulos 9 a 13).
Disponibilizamos aos metodistas brasileiros este material editado pela Agentes da Missão, editora da 5ª Região, responsável pela implantação do programa Dons e Ministérios.
Se a Bíblia é nossa única regra de fé e prática o estudo bíblico deve acompanhar cada passo que damos em missão. O que isso quer dizer? O nosso ministério pessoal e em grupo não consiste apenas em nossas ações de amor fora do templo. Como ministros em missão somos enviados pelo Cristo, o Filho do Deus Missionário. A fonte de nosso ministério é, assim, Deus e sua Palavra.
Nãos erá normal ficarmos ocupados com o nosso serviço missionário que deixemos passar várias semanas sem estudos bíblicos. Não podemos ser missionários de nós mesmos. Por outro lado, a Bíblia é nossa regra de prática. Não será normal fazermos dois estudos bíblicos seguidos sem nenhuma prática missionária de permeio.
Aqui são apresentados uma série de três roteiros de estudos bíblicos para cada grupo de ministério. Os dois primeiros servem como treinamento prático para acumular experiência. O terceiro deve servir de subsídio inicial para a ação integrada de todos os ministérios da igreja local em uma única ação missionária concreta, um ponto missionário de bairro.
Download aqui (Parte 1 - capítulos 1 a 4).
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