Quando a Igreja abdica de seus membros
Na história da Igreja sempre houve o fenômeno de membros abdicarem de seus votos e de sua relação com as diferentes Igrejas e ou denominações e se filiarem a outras. Isto é natural, pois as pessoas estão em processo de mudanças e procuram se localizar no mosaico de comunidades religiosas.
Nos últimos tempos temos vivido algo que estou chamando de “a igreja abdica de seus membros”, pois são muitos que deixam de receber o pastoreio, o acompanhamento, a atenção, a orientação em virtude de posicionamentos doutrinários, teológicos ou ideológicos. Da mesma forma que as pessoas estão em processo constante de transformações, as instituições religiosas também e sujeitas a movimentos. Há afirmações de que estes movimentos, ou ondas, duram entre 20 e 30 anos, algumas vezes mais, outras vezes menos, mas elas sempre existirão nas diferentes comunidades cristãs.
O que chama a atenção é o fato de algumas igrejas abdicarem de seus membros, por várias razões, sendo a maior delas o engodo do pensamento homogêneo, ou seja, quem pensa diferente não tem o que oferecer à referida comunidade cristã. Lamentável, muito lamentável. É possível encontrar membros fiéis a seus votos por ocasião de sua filiação, mas ser “excluído” pelas lideranças das comunidades. Na verdade, para algumas, é até bom que os membros que pensam diferentemente não se façam presentes nas reuniões e nas celebrações.
Abdicar dos membros é um reducionismo da ação pastoral e missionária, pois entre suas virtudes a igreja tem a tolerância e a hospitalidade. A tolerância pode ser entendida como aceitar e respeitar os outros e seus pensamentos divergentes, mas mantê-los à distância. Hospitalidade pode ser entendida como convite para entrar em casa e cear. A tolerância pode levar à hospitalidade, no entanto, considerando os contornos que as comunidades cristãs vivenciam hoje, a intolerância é crescente e as portas dos templos estão sendo fechadas para os membros professos com pensamentos divergentes e os agentes pastorais estão se distanciando de parte de suas ovelhas.
A igreja para cumprir com seu papel na sociedade DEVE ser hospitaleira e trabalhar com os diferentes e com os pensamentos divergentes e nunca abdicar de seus membros, sob pena de desaparecer ou se transformar num grupo de iguais que não sabe viver num contexto de contradição, como é a vida em sociedade.
bispo Josué Adam Lazier - publicado originalmente no Facebook.
Consolidar, avançar e agir na busca pela valorização da identidade metodista.
segunda-feira, 31 de março de 2014
segunda-feira, 24 de março de 2014
A diferença entre a Igreja que conserta e a que apoia pessoas
A diferença entre a Igreja que conserta e a que apoia pessoas
Na última visita às igrejas que suportam o ministério que meu companheiro de vida, fizemos uma parada não planejada para ver um querido amigo, o rev. Steve Cain. Ele estava em plena hora de trabalho em sua igreja com um grupo de pessoas que lutam para superar os mais variados tipos de dependência e que faz parte de um programa amplo nos Estados Unidos chamado: Celebrate Recovery (celebrando a recuperação).
Fomos chamados para partilhar do almoço e das atividades do grupo naquela manhã de inverno intenso. A pessoa que conduzia as reflexões do dia foi categórica em afirmar que era alcoólatra e que, por mais aquele, faria todos os esforços para manter-se sóbria.
Aquela mulher me chocou fortemente ao colocar uma caixa de ferramentas sobre a mesa e afirmar com bastante veemência o seguinte: “Esse grupo não existe para consertar pessoas, mas, para apoiar pessoas…”
Em meu íntimo, fiquei imaginando como esses objetos, que usualmente se guarda numa caixa de ferramentas, são inapropriados para lidar com pessoas. De repente, fui me encolhendo por dentro ao perceber que, o que mais tenho visto nos últimos 25 anos de vida ativa na igreja, é a utilização de ferramentas rústicas e inapropriadas para humanos sendo usadas para ajustar, reformar, remendar, apertar e até desmanchar pessoas.
Parece que, de algum modo, o cristianismo vem perdendo vertiginosamente a humanidade. No trato com as pessoas doentes, machucadas, feridas e quebradas esta desumanidade tem se tornado cada vez mais visível. Ao invés de apoiá-las, para que se fortaleçam e consigam se reerguer por elas mesmas, tenta-se, à força bruta, torná-las à imagem e semelhança daquilo que nem de longe se assemelha às boas novas anunciadas por Jesus de Nazaré.
Em relação a equidade das minorias, em especial aos LGBTs(Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) é possível afirmar que há ações e posturas que, além de desumanas, são perversas. Tenta-se “consertar” as pessoas à base do martelo, alicates e serrotes; serrando-lhes não somente o corpo, mas a alma e o espirito. Já não podemos dizer que estamos vivendo em crise de identidade ou em crise dos valores cristãos; estamos sim, nos desapegando da humanidade de Jesus; (re)pregando-o na cruz sucessivas vezes junto com os que sangram machucados pelas ferramentas da grande caixa “cristã”. É assustador.
A título de exemplo, cito o caso do Rev. Frank Schaefer da Igreja Metodista dos Estados Unidos que, após ser alertado por terceiros que o filho era gay e que apresentava tendências ao suicídio, resolveu romper o silêncio e colocar-se ao lado do filho e apoiá-lo, dando-lhe inclusive a benção em sua união homoafetiva. Em consequência disso a conferência do Leste do Estado da Pensilvânia, utilizando-se dos instrumentos da caixa de ferramenta retirou-lhe as credenciais. Melhor teria sido chorar a morte do filho em silêncio?
Penso que a grande questão que nos tem sido colocada por esses e outros fatos é: Será possível afirmar a existência do cristianismo descolado, desgrudado ou separado das “fórmulas” humanizadas e humanizantes que Jesus tinha para lidar com as pessoas?
Será que não alcançamos o ápice da construção de um cristianismo sexista, homofóbico, elitista, branco e capitalista? Se não, que mudanças significativas foram promovidas pela Igreja no avanço dos direitos das mulheres, dos Gays, dos pobres, dos índios e dos negros? E mais, que espaço essas minorias(?) ocupam na Igreja hoje? Elas foram promovidas, ou invisibilizadas pela Igreja?
Até parece que o texto do profeta Isaías (1:11-17) foi escrito para contestar a religiosidade desses dias:
De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? – diz o Senhor. Estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais cevados e não me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes. Quando vindes para comparecer perante mim, quem vos requereu o só pisardes os meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as Festas da Lua Nova, os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniqüidade associada ao ajuntamento solene. As vossas Festas da Lua Nova e as vossas solenidades, a minha alma as aborrece; já me são pesadas; estou cansado de as sofrer. Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue. Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer o mal. Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei ao opressor; defendei o direito do órfão, pleiteai a causa das viúvas.
John Wesley, fundador do movimento metodista, assim repreendia seus pregadores: “Se você não puder trazer alívio, também não traga aflição!”
Que Jesus nos apoie para que consigamos lacrar nossas caixas de ferramentas e adquirirmos forças suficientes para abrir o grande e precioso “Baú de graça” contido na Bíblia.
Pode até ser que o cristianismo institucional esteja agonizando, mas, o Jesus ressuscitado sobrevive além das paredes dos templos através das testemunhas que o imitam na prática de um Evangelho que apoia e levanta as pessoas do chão.
Olhemos para essas testemunhas, e para Jesus, com fé.
Publicado originalmente em: http://marianewnum.wordpress.com/2014/02/24/a-diferenca-entre-a-igreja-que-conserta-e-a-que-apoia-pessoas/
Na última visita às igrejas que suportam o ministério que meu companheiro de vida, fizemos uma parada não planejada para ver um querido amigo, o rev. Steve Cain. Ele estava em plena hora de trabalho em sua igreja com um grupo de pessoas que lutam para superar os mais variados tipos de dependência e que faz parte de um programa amplo nos Estados Unidos chamado: Celebrate Recovery (celebrando a recuperação).
Fomos chamados para partilhar do almoço e das atividades do grupo naquela manhã de inverno intenso. A pessoa que conduzia as reflexões do dia foi categórica em afirmar que era alcoólatra e que, por mais aquele, faria todos os esforços para manter-se sóbria.
Aquela mulher me chocou fortemente ao colocar uma caixa de ferramentas sobre a mesa e afirmar com bastante veemência o seguinte: “Esse grupo não existe para consertar pessoas, mas, para apoiar pessoas…”
Em meu íntimo, fiquei imaginando como esses objetos, que usualmente se guarda numa caixa de ferramentas, são inapropriados para lidar com pessoas. De repente, fui me encolhendo por dentro ao perceber que, o que mais tenho visto nos últimos 25 anos de vida ativa na igreja, é a utilização de ferramentas rústicas e inapropriadas para humanos sendo usadas para ajustar, reformar, remendar, apertar e até desmanchar pessoas.
Parece que, de algum modo, o cristianismo vem perdendo vertiginosamente a humanidade. No trato com as pessoas doentes, machucadas, feridas e quebradas esta desumanidade tem se tornado cada vez mais visível. Ao invés de apoiá-las, para que se fortaleçam e consigam se reerguer por elas mesmas, tenta-se, à força bruta, torná-las à imagem e semelhança daquilo que nem de longe se assemelha às boas novas anunciadas por Jesus de Nazaré.
Em relação a equidade das minorias, em especial aos LGBTs(Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) é possível afirmar que há ações e posturas que, além de desumanas, são perversas. Tenta-se “consertar” as pessoas à base do martelo, alicates e serrotes; serrando-lhes não somente o corpo, mas a alma e o espirito. Já não podemos dizer que estamos vivendo em crise de identidade ou em crise dos valores cristãos; estamos sim, nos desapegando da humanidade de Jesus; (re)pregando-o na cruz sucessivas vezes junto com os que sangram machucados pelas ferramentas da grande caixa “cristã”. É assustador.
A título de exemplo, cito o caso do Rev. Frank Schaefer da Igreja Metodista dos Estados Unidos que, após ser alertado por terceiros que o filho era gay e que apresentava tendências ao suicídio, resolveu romper o silêncio e colocar-se ao lado do filho e apoiá-lo, dando-lhe inclusive a benção em sua união homoafetiva. Em consequência disso a conferência do Leste do Estado da Pensilvânia, utilizando-se dos instrumentos da caixa de ferramenta retirou-lhe as credenciais. Melhor teria sido chorar a morte do filho em silêncio?
Penso que a grande questão que nos tem sido colocada por esses e outros fatos é: Será possível afirmar a existência do cristianismo descolado, desgrudado ou separado das “fórmulas” humanizadas e humanizantes que Jesus tinha para lidar com as pessoas?
Será que não alcançamos o ápice da construção de um cristianismo sexista, homofóbico, elitista, branco e capitalista? Se não, que mudanças significativas foram promovidas pela Igreja no avanço dos direitos das mulheres, dos Gays, dos pobres, dos índios e dos negros? E mais, que espaço essas minorias(?) ocupam na Igreja hoje? Elas foram promovidas, ou invisibilizadas pela Igreja?
Até parece que o texto do profeta Isaías (1:11-17) foi escrito para contestar a religiosidade desses dias:
De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? – diz o Senhor. Estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais cevados e não me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes. Quando vindes para comparecer perante mim, quem vos requereu o só pisardes os meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as Festas da Lua Nova, os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniqüidade associada ao ajuntamento solene. As vossas Festas da Lua Nova e as vossas solenidades, a minha alma as aborrece; já me são pesadas; estou cansado de as sofrer. Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue. Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer o mal. Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei ao opressor; defendei o direito do órfão, pleiteai a causa das viúvas.
John Wesley, fundador do movimento metodista, assim repreendia seus pregadores: “Se você não puder trazer alívio, também não traga aflição!”
Que Jesus nos apoie para que consigamos lacrar nossas caixas de ferramentas e adquirirmos forças suficientes para abrir o grande e precioso “Baú de graça” contido na Bíblia.
Pode até ser que o cristianismo institucional esteja agonizando, mas, o Jesus ressuscitado sobrevive além das paredes dos templos através das testemunhas que o imitam na prática de um Evangelho que apoia e levanta as pessoas do chão.
Olhemos para essas testemunhas, e para Jesus, com fé.
Publicado originalmente em: http://marianewnum.wordpress.com/2014/02/24/a-diferenca-entre-a-igreja-que-conserta-e-a-que-apoia-pessoas/
segunda-feira, 17 de março de 2014
Metodistas Celebram o Dia Mundial de Oração com Encontros Ecumênicos - Belém/Pará
Celebração do Dia Mundial de Oração em Belém-PA
O DMO deste ano, em Belém, aconteceu no mesmo local que sediou o do ano passado: Escola do Sagrado Coração de Jesus. O diferencial é que neste ano a celebração aconteceu no templo, e no ano passado, na quadra de esportes.
Com início marcado para as 19h, a celebração aconteceu numa tarde e noite sem chuvas, o que é maravilhoso nesta época do ano aqui.
Todas as igrejas e movimentos ecumênicos que apoiaram o DMO deste ano estavam representados. A condução da liturgia ficou a cargo da Ir Tea Frigerio do CEBI, e da Luíza Virgínia da ACER.
Como o país homenageado era o Egito, tivemos a participação de quatro mulheres representando as egípcias, desde a antiga até a atual.
As músicas que tratavam de água, manancial e temas correlatos foram escolhidas, cantadas e tocadas pelo Luterart, conjunto musical da Igreja Luterana.
Como acontece todos os anos, as pessoas presentes à celebração receberam como lembrança do DMO 2014 uma pirâmide feita de argila confeccionada no distrito de Icoaraci, em Belém. E como degustação, pão árabe com recheio de pasta de grão de bico e iogurte de frutas.
Este ano, tivemos a participação de onze igrejas e movimentos ecumênicos, a saber:
O DMO deste ano, em Belém, aconteceu no mesmo local que sediou o do ano passado: Escola do Sagrado Coração de Jesus. O diferencial é que neste ano a celebração aconteceu no templo, e no ano passado, na quadra de esportes.
Com início marcado para as 19h, a celebração aconteceu numa tarde e noite sem chuvas, o que é maravilhoso nesta época do ano aqui.
Todas as igrejas e movimentos ecumênicos que apoiaram o DMO deste ano estavam representados. A condução da liturgia ficou a cargo da Ir Tea Frigerio do CEBI, e da Luíza Virgínia da ACER.
Como o país homenageado era o Egito, tivemos a participação de quatro mulheres representando as egípcias, desde a antiga até a atual.
As músicas que tratavam de água, manancial e temas correlatos foram escolhidas, cantadas e tocadas pelo Luterart, conjunto musical da Igreja Luterana.
Como acontece todos os anos, as pessoas presentes à celebração receberam como lembrança do DMO 2014 uma pirâmide feita de argila confeccionada no distrito de Icoaraci, em Belém. E como degustação, pão árabe com recheio de pasta de grão de bico e iogurte de frutas.
Este ano, tivemos a participação de onze igrejas e movimentos ecumênicos, a saber:
- ACER-Associação Amazônica de Ciências Humanas e da Religião
- CAIC-Conselho Amazônico de Igrejas Cristãs
- CEBI-Centro de Estudos Bíblicos
- CMNN-Conselho Municipal de Negros e Negras do Pará
- CRB-Conferência dos Religiosos do Brasil
- ICAR-Igreja Católica Apostólicas Romana
- IEAB-Igreja Episcopal Anglicana do Brasil
- IECLB-Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil
- Metodistas Ecumênicos
- Movimento dos Focolares
- 1ª IPI-Primeira Igreja Presbiteriana Independente de Belém
quarta-feira, 12 de março de 2014
Metodistas Celebram o Dia Mundial de Oração com Encontros Ecumênicos - IMBA-JF
Celebração do Dia Mundial de Oração na IMBA
No dia 07 de março de 2014, diversas Igrejas Cristãs se reuniram em celebração ao Dia Mundial de Oração – DMO. Este foi um dia de reflexão sobre a fé e a vida numa dimensão ecumênica. No desafio da proposta em âmbito mundial, a Igreja Metodista Bela Aurora igualmente se organizou, realizando uma singular reunião com outros cristãos: Católicos e Anglicanos.
De posse da liturgia recebida da comissão organizadora do evento, cujo tema era: Mananciais no Deserto, os(as) presentes foram convocados(as) a pensar o Egito em três dimensões: passado, presente e futuro, tudo sob o enfoque da Graça de Deus.
A celebração foi dirigida pela Sociedade Metodista de Mulheres da IMBA, nas figuras da irmã Maria Imaculada – presidente da SMM – IMBA e da irmã Anita Quaglio – secretária da Confederação das Sociedades de Mulheres. Além das referidas irmãs, participaram de forma ativa: Rilma, como egípcia, Shirley com mulher de negócios, Magda como lavradora e Priscila como jovem ativista política.
A acolhida foi feita pelo pastor Jovanir Lage e o louvor foi conduzido pelo pastor Moisés Coppe. A prédica foi idealizada e realizada pelo ministro Júlio Simões da comunidade Anglicana de Juiz de Fora – MG.
Cantamos, oramos e refletimos junto ao referido ministro sobre a mulher no poço de Jacó, segundo o relato de João, capítulo 4. Basicamente, refletimos sobre o acolhimento ao diferente, sobre o símbolo da água – presente nos primeiros relatos do Evangelho de João – e a percepção de que através da Graça de Deus e da ação de Jesus podemos vivenciar o sentido da vida em profundidade, sem preconceitos.
Registramos que o ajuntamento em oração foi um sinal significativo de que a unidade cristã é o genuíno testemunho de que o Corpo de Cristo está inteiro e é real no mundo caótico em que estamos inseridos.
Ficaram também ecoando nas mentes e corações as palavras do profeta Isaías 43. 18-19: “Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas. Eis que faço coisa nova, que está saindo à luz; porventura, não o percebeis? Eis que porei um caminho no deserto e rios, no ermo”. E as mulheres – que participaram da dinâmica do culto – assim responderam citando Isaías 44.3: “Porque derramarei água sobre o sedento e torrentes, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e minha bênção, sobre os teus descendentes”.
E finalmente, a benção impetrada pelo pastor Moisés: “Possa o Senhor guiar você continuamente, e prover as suas necessidades nos lugares áridos. Que você possa ser como um jardim bem regado, como um manancial, cujas águas nunca param de correr” (Isaías 58.11).
Texto elaborado por Moisés Coppe.
No dia 07 de março de 2014, diversas Igrejas Cristãs se reuniram em celebração ao Dia Mundial de Oração – DMO. Este foi um dia de reflexão sobre a fé e a vida numa dimensão ecumênica. No desafio da proposta em âmbito mundial, a Igreja Metodista Bela Aurora igualmente se organizou, realizando uma singular reunião com outros cristãos: Católicos e Anglicanos.
De posse da liturgia recebida da comissão organizadora do evento, cujo tema era: Mananciais no Deserto, os(as) presentes foram convocados(as) a pensar o Egito em três dimensões: passado, presente e futuro, tudo sob o enfoque da Graça de Deus.
A celebração foi dirigida pela Sociedade Metodista de Mulheres da IMBA, nas figuras da irmã Maria Imaculada – presidente da SMM – IMBA e da irmã Anita Quaglio – secretária da Confederação das Sociedades de Mulheres. Além das referidas irmãs, participaram de forma ativa: Rilma, como egípcia, Shirley com mulher de negócios, Magda como lavradora e Priscila como jovem ativista política.
A acolhida foi feita pelo pastor Jovanir Lage e o louvor foi conduzido pelo pastor Moisés Coppe. A prédica foi idealizada e realizada pelo ministro Júlio Simões da comunidade Anglicana de Juiz de Fora – MG.
Cantamos, oramos e refletimos junto ao referido ministro sobre a mulher no poço de Jacó, segundo o relato de João, capítulo 4. Basicamente, refletimos sobre o acolhimento ao diferente, sobre o símbolo da água – presente nos primeiros relatos do Evangelho de João – e a percepção de que através da Graça de Deus e da ação de Jesus podemos vivenciar o sentido da vida em profundidade, sem preconceitos.
Registramos que o ajuntamento em oração foi um sinal significativo de que a unidade cristã é o genuíno testemunho de que o Corpo de Cristo está inteiro e é real no mundo caótico em que estamos inseridos.
Ficaram também ecoando nas mentes e corações as palavras do profeta Isaías 43. 18-19: “Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas. Eis que faço coisa nova, que está saindo à luz; porventura, não o percebeis? Eis que porei um caminho no deserto e rios, no ermo”. E as mulheres – que participaram da dinâmica do culto – assim responderam citando Isaías 44.3: “Porque derramarei água sobre o sedento e torrentes, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e minha bênção, sobre os teus descendentes”.
E finalmente, a benção impetrada pelo pastor Moisés: “Possa o Senhor guiar você continuamente, e prover as suas necessidades nos lugares áridos. Que você possa ser como um jardim bem regado, como um manancial, cujas águas nunca param de correr” (Isaías 58.11).
Texto elaborado por Moisés Coppe.
segunda-feira, 10 de março de 2014
Os temas “cultura” e “cidadania” na Conferência do Nordeste de 1962, na Igreja Metodista, segundo os seus Credos Sociais, e a revista da juventude Cruz de Malta.
Os temas
“cultura” e “cidadania” na Conferência do Nordeste de 1962, na Igreja
Metodista, segundo os seus Credos
Sociais, e a revista da juventude Cruz de Malta.
Helmut
Renders
Introdução
O tema deste
painel é “Uma análise da Conferência do Nordeste”. Concentrar-me-ei em dois temas importantes da conferência, a cultura e
a cidadania. Proponho esta dupla abordagem por quatro razões: Primeiro, considero
como os atores da Conferência do Nordeste estes dois temas chaves da presença
protestante no Brasil e aptos para testar a qualidade dessa presença; segundo,
proponho contribuir para a tese dupla da ausência cultural e da presença cidadã
do protestantismo no Brasil; terceiro, acredito que se precisa ainda explorar
mais esta relação entre cultura e cidadania em si; quarto, o tema faz-se também
necessário pela relativa ausência de metodistas entre os palestrantes
principais na Conferência do Nordeste.
Afinal, os temas tratados tinham somente
perifericamente a ver com a tradição metodista no Brasil, a forma de sua práxis
no cotidiano ou até mais do que transparece na conferência? E, se for o caso,
tratava-se de uma sintonização ao longo do tempo ou de um interesse recente?
Como caminho
de investigação, proponho, primeiro, estudar como a Conferência do Nordeste avaliava
a relação entre Protestantismo, cultura brasileira e cidadania. Depois, mostro como os
conceitos da cultura e da cidadania foram aos poucos integrados nos Credos
Sociais da Igreja Metodista do Brasil de 1930 e 1960 e como eles estavam
presentes na revista Cruz de Malta, uma publicação cuja redação era da
juventude metodista. Dessa forma, quero esclarecer até que ponto as propostas
ou exigências formuladas em uma conferência panprotestante tinham proximidade
ou não com a caminhada e a vida na época de uma das suas igrejas colaboradoras.
segunda-feira, 3 de março de 2014
A História da Igreja - Duncan Alexander Reilly
A História da Igreja - Duncan Alexander Reilly
Estudos para classes de escola dominical sobre a história da igreja cristã desde pentecostes até o metodismo do final do século XX.
Estudos para classes de escola dominical sobre a história da igreja cristã desde pentecostes até o metodismo do final do século XX.
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