Quem somos? – Os Metodistas Confessantes


Quem somos? – Os Metodistas Confessantes

Somos um grupo de cristãos e cristãs metodistas, leigos e leigas, clérigos e clérigas, de todas as Regiões Eclesiásticas e Missionárias, unidos no propósito comum de refletirmos sobre nosso papel como metodistas diante dos desafios espirituais e políticos que se nos apresentam nos dias atuais.

Reunimo-nos para refletir a respeito das mais recentes questões que desafiam o metodismo brasileiro e a partir de então analisamos a atuação da Igreja Metodista em todas as áreas, tanto em ambiente eletrônico (internet) como presencialmente, com o objetivo de valorizarmos a herança wesleyana e a prática metodista histórica em nosso seio.

Por que Movimento Metodista Confessante?

O movimento de metodistas organizado na Rede Metodista Confessante é um desafio imenso, primeiramente porque tomamos de empréstimo o testemunho da Igreja Confessante, movimento dos e das que não se dobraram à aquiescência da Igreja Evangélica da Alemanha ao nazismo. (Saiba mais em http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Confessante). Portanto, o principal critério de participação nesse movimento brasileiro deve ser o da disposição ao testemunho.

Dar testemunho em tempos de autoritarismo e de recusa à transparência,implica declarar que “Deus é Luz e não há nEle treva alguma”. Implica assumir o princípio republicano de que tudo o que não for compatível com a luz do dia atenta contra o interesse geral. Implica denunciar o obscurantismo não apenas como fanatismo, sua face mais declarada e menos perigosa, mas, principalmente, como a proibição do dissenso. Na afirmação do/a outro/a; do dissenso como necessário à saúde do corpo eclesial e na recusa a reduzir o/a outro/a a espelho de nós mesmos; firmamos nossa unidade.

Nisso cabe a expressão do bispo brasileiro Paulo Ayres Mattos: “A noção de equilíbrio, concebida pelo metodismo histórico, nada tem a ver com a balança com os pesos justapostos. Tem a ver com o trapézio e a corda do circo – o equilíbrio não como ponto de descanso, de segurança, mas de tensionamento permanente e contínuo, de movimento e criatividade”.

No sermão 120, John Wesley deixa evidente esse “tensionamento” quando pergunta:” Mas será que somos verdadeiros com relação aos nossos próprios princípios? Por enquanto não usamos fogo ou varas. Não perseguimos até à morte aqueles que não concordam com nossas opiniões. Graças a Deus, as leis do nosso país não permitem isso; (...)”.

O Jeito Metodista de Ser.

Conforme as palavras de Duncan Reily: “Talvez a primeira coisa a estabelecer é que o Metodismo faz parte integrante do movimento protestante. Somos herdeiros da Reforma, mediante a Igreja da Inglaterra, cujos Trinta e Nove Artigos formam a base dos Artigos de Religião do Metodismo e cuja liturgia (O Livro de Oração Comum) exerceu muito mais influência na liturgia metodista do que muitos metodistas imaginam. Segundo Duncan Reily, podemos dizer que o Metodismo aceitou as três colunas principais da Reforma, a saber:
— A autoridade das Escrituras,
— a Justificação pela Fé
— e o Sacerdócio Universal dos crentes”. E Reily completa: “Tendo dito isso, temos que notar que, pela ênfase wesleyana na Santificação e Perfeição Cristã, o Metodismo também tem uma afinidade básica com o Catolicismo.” (In Revista Em Marcha: História da Igreja. Extraído das lições de nº. 15, 16 e 17).

No mesmo estudo Reily aponta cinco chaves para compreender nossa Herança Metodista:
1. A experiência religiosa de Aldersgate;
2. A evangelização;
3. O povo
4. A ênfase na santificação/perfeição cristã;
5. A ênfase missionária do metodismo wesleyano.



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