quarta-feira, 7 de maio de 2008

Pelas costas... fale bem

*Por Maria Newnum

Falar mal pelas costas é uma “tentação” que persegue a humanidade. Os livros sagrados possuem tratados específicos para combater as línguas, consideradas “felinas”.

De qualquer modo, falar bem pelas costas é um dos elementos que distingue pessoas em todas as esferas da sociedade. Por trás desse gesto, independente se equivocado ou não, há sempre uma grandeza, por parte do que profere as boas palavras.


Conta-se que certa feita um general perguntou ao outro o que ele achava do capitão mor. Ele respondeu: - “Me parece um homem íntegro e gentil”. - “Como você pode dizer isso? Ele anda te difamando aos quatro ventos!” Replicou o outro. - “Ora, você perguntou o que eu pensava dele, não o que ele pensava de mim”; Disse sem pestanejar.

Recentemente liguei para minha amiga Lu agradecendo e dando uma pequena “bronca”, pois soube que ela me “pintou” maior do que sou. Certamente você já foi surpreendido com algo semelhante e constatado que as pessoas que falam bem pelas costas costumam exagerar nos adjetivos. Mas lembre-se, as pessoas que falam mal, exageram muito mais. Todavia, invista mais tempo corrigindo as do primeiro caso.


Não resta dúvida, a realidade marcada por corrupções na política, na sociedade e até nas comunidades religiosas, muitas vezes nos impulsiona a investir mais energia e tempo em destacar o que há de pior nas pessoas e a cairmos no terreno feio e deselegante da fofoca. Para fugir disso é preciso usar os meios e as formas corretas para “denunciar” o que precisa ser ventilado aos quatro ventos. O silêncio nem sempre é “ético”, pouco contribui para mudanças e quase sempre, ajuda a proteger indivíduos e os sistemas corruptos da sociedade.
Denunciar é preciso, é correto e revela os caráteres individuais, indispensáveis à uma sociedade carente de vozes “inconformáveis”.

Mas não esqueça: No limbo também se encontra flores e frutos. Procure-os com cuidado, encontre-os e depois faça um “bom” fuxico.

Face-a-face diga o que precisa ser dito, pelas costas, fale bem.

De Fort Wayne – Indiana – USA – Primavera de 2008.
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*Maria Newnum é pedagoga, mestre em teologia prática, participa do Movimento Ecumênico de Maringá é Coordenadora do Café Teológico de Maringá.
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