segunda-feira, 21 de março de 2011

Travessia, Travessa e Travessuras - uma crônica sobre o primeiro culto oficial da "nova" comunidade em Belém do Pará

Travessia, Travessa e Travessuras - uma crônica sobre o primeiro culto oficial da "nova" comunidade em Belém do Pará

O poeta Milton Nascimento lançou em 1967 a música Travessia. Excetuando-se os dramas de ordem existencial presentes na letra da música, o estribilho assim se expressa: Solto a voz nas estradas, já não quero parar. Meu caminho é de pedras, como posso sonhar? Sonho feito de brisa, vento vem terminar. Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar.


Não sei porque cargas d´água, enquanto me dirigia ao encontro dos irmãos e irmãs de Belém, na nova comunidade de fé, localizada à Travessa Três de Maio, veio-me a mente essa canção do referido poeta mineiro. Num piscar de olhos, entretanto, cheguei à conclusão de que, na verdade, a memória, esse palácio brilhante e cheio de informações - conforme definição de Agostinho em suas Confissões - fazia suas conexões intensas e emaranhadas sobre os caminhos e descaminhos da vida. Em outras palavras, se estabeleciam e se conectavam a Travessia, a Travessa, e as Travessuras neste novo momento. A emoção tomou conta do ser...

Me vi atravessando a travessia travessa e percebi que não estava só. Muitos outros travessos estavam comigo, conosco.


Nessa travessia travessa encontrei pessoas, gente como a gente que quer viver, tão somente, a singularidade do Evangelho.

Realmente, há sabores e saberes em Belém. Plenitudes mistagógicas que precisam ser reveladas. É um outro Brasil com cara de brasis.



Dentre todos os sublimes momentos ali vivenciados, entremeados de visitas, conversas e comida típica, celebramos a Ceia do Senhor, num momento de culto, onde rememoramos a vida e acolhemos a Palavra de Deus com alegria, temor e tremor. As palavras seriam poucas para expressar os sentimentos.

 

Bem, sucintamente é isso.
 
Com o anelo de que as metáforas aqui apresentadas revelem pelo menos um pouco do muito experienciado, quero convidar todos(as) a continuarem se esmerando nessa travessia. Por isso, também resolvi partilhar com todos(as) algumas imagens fortes de um metodismo que, teimoso, insiste em sobreviver frente aos novos ventos de doutrinas.
 
Assim, a travessia travessa de múltiplos confessantes continua e ela será contada e cantada por muitos. Isso acontecerá porque, ao final das contas, quem criou essa travessia travessa foi aquele que nós conhecemos como Senhor da Vida. Assim cremos. A Ele, todo louvor.

Moisés Coppe.

Publicado originalmente no blog In Ludere. 

2 comentários:

walkimar disse...

TUDO MUITO BOM. TUDO MUITO BEM. MAS NÃO ESTÁ CORRETO, ABRIR TRABALHO METODISTA EM OUTRO DISTRITO SEM O APOIO DO SD E DOS PASTORES QUE COMPOEM O DISTRITO.
HÁ CAMINHOS, HÁ FORMAS,TEM HAVER DIÁLOGO.TEMOS ORIENTAÇÕES DE COMO FAZER.
NÃO ADIANTE IR NA PRESSÃO. NÃO RESOLVE.
COM APREÇO.
PR WALKIMAR GOMES

Fabio Martelozzo Mendes disse...

Pr.Walkimar.

Agradecemos sua presença e seu comentário.

Para compreensão do pano de fundo das decisões tomadas, sugiro a leitura dos seguintes posts:

Metodistas que sofrem perseguição: http://metodistaconfessante.blogspot.com/2011/04/metodistas-que-sofrem-perseguicao-sao.html (04/04/2011)

O caso Belém e a carta solicitando ação pastoral ao revmo. Bispo Adolfo: http://metodistaconfessante.blogspot.com/2010/09/o-caso-belem-e-carta-solicitando-acao.html (09/09/2010)

O retorno do Santo Ofício ao Pará: http://metodistaconfessante.blogspot.com/2009/08/o-retorno-do-santo-oficio-ao-para.html (18/08/2009)