6. Para o Pastor Metodista José Carlos Barbosa “O metodismo entrará em declínio não por ser refutado ou perseguido, mas quando se tornar irrelevante, insensível, opressivo e insípido.”(Trabalho sobre eclesiologia, apresentado no Concílio Regional da 5ª RE, realizado em novembro de 2005).O declínio do metodismo brasileiro pode ser facilmente evidenciado pelo esforço extremado de crescimento rápido, proposto por alguns líderes, por sua invisibilidade e falta de influência na sociedade brasileira (ainda nos confundem com os adventistas) e pela “sensação” opressiva que paira, mais fortemente desde o 18° Concílio Nacional, sobre ecumênic@s, teólog@s e especialmente, sobre @s não “alinhad@s” ao perfil da liderança nacional.
Opressivo também tem sido a cobrança ao ministério pastoral e igrejas por crescimento a todo custo, criando uma atmosfera de ganho por produção, desestabilizando ministérios e gerando mal-estar psicológico em liderança e suas famílias, por não se alinharem a abordagens estranhas ao anúncio simples do evangelho.
Nesse sentido, a “IM deve tratar-se pelo evangelho e divã de Cristo, de seu “complexo de pequenês” adquirida ao longo dos anos e atualmente diante do crescimento de outros grupos religiosos. Seu tamanho e qualidade deve ser aferido a partir de uma identidade relevante no país em relação ao Evangelho somente.
“Há na verdade, pouca dúvida, de que o cidadão inglês do século dezoito, de maior importância para o mundo não era um político nem poeta, nem soldado ou marinheiro, mas o pequeno itinerante a cavalo – O grande cavaleiro, como eu o chamaria – que ainda está cavalgando para novas conquistas”; disse em 1928 o historiador J. Ernest Ratlembury ao escrever sobre o Legado de Wesley para o Mundo. (Seleções das cartas de João Wesley; p.5)
O que será escrito sobre os atuais líderes do metodismo brasileiro? Como eles (elas?) têm usado seus cargos, seus títulos e suas posições de poder? Que legado eles e (elas?) deixarão para o mundo?
Se almejamos ser Igreja discípula de Jesus, sendo sal da terra e luz do mundo, precisamos enfrentar as questões do mundo atual à luz da caminhada de Jesus. É necessário a firme defesa dos Direitos Humanos, contribuindo para “eqüidade” das mulheres, dos negros e dos pobres. E isso, obviamente, só será possível através de intervenções contundentes que garantam que as politicas públicas e o dinheiro subtraído, especialmente dos pobres através dos impostos, sejam de fato, revertidos em prol dos que precisam. Os discursos ideologicamente equivocados, ditos nos púlpitos de nossas comunidades, que afirmam que “@s crentes não devem se envolver em política”, precisa ser encarado como nítido desvio ou total falta de entendimento do ministério de Jesus aqui na terra.
A entrada triunfal em Jerusalém e sua morte precisa ser lida e re-lida à luz do contexto brasileiro onde os líderes, políticos e religiosos, exploram o povo sofrido de nossa Pátria. Ser sal e Luz imitando Jesus significa, nesse sentido, inclusive contribuir para a formação política nas comunidades a fim que os membros saibam como fiscalizar e denunciar as corrupções e as as injustiças a sua volta, bem como compreenderem a importância do voto na política e na igreja.
Mais que nunca é preciso empoderar (através do voto, mas sobretudo através de reflexões e ações sociais práticas) homens e mulheres que realmente tenham em seus corações o entendimento que a posição de poder na igreja e na sociedade só faz sentido quando tem o propósito de servir e promover à eqüidade; nada mais é que o esforço de aproximar os injustiçados da justiça, os doentes do cuidado, os famintos da mesa... Isso é fazer o Reino aqui na terra como nos céus, tal como Jesus nos ensinou.
Mais que nunca é preciso empoderar (através do voto, mas sobretudo através de reflexões e ações sociais práticas) homens e mulheres que realmente tenham em seus corações o entendimento que a posição de poder na igreja e na sociedade só faz sentido quando tem o propósito de servir e promover à eqüidade; nada mais é que o esforço de aproximar os injustiçados da justiça, os doentes do cuidado, os famintos da mesa... Isso é fazer o Reino aqui na terra como nos céus, tal como Jesus nos ensinou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário