segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Metodista, membro do Comitê Permanente de Consenso e Colaboração do Conselho Mundial de Igrejas, envia relatório ao Colégio Episcopal

Metodista, membro do Comitê Permanente de Consenso e Colaboração do Conselho Mundial de Igrejas, envia relatório ao Colégio Episcopal




Eleita em 2006 para integrar o Comitê Permanente de Consenso e Colaboração do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), Magali do Nacimento Cunha, envia relatório das atividades desenvolvidas ao Colégio Episcopal da Igreja Metodista. 



Ao Colégio Episcopal da Igreja Metodista



Relato sobre a minha participação em atividades

do Conselho Mundial de Igrejas em 2014



Magali do Nascimento Cunha


1.       Encerramento de participação no Comitê Permanente de Consenso e Colaboração (Diálogo Protestantes-Ortodoxos) [PCCC]


A última reunião do PCCC eleito em 2006 entre os membros do Comitê Central, o primeiro a atuar depois de sua criação, aconteceu de 29 de julho a 1 de julho de 2014, nas dependências da Sede do CMI, em Genebra/Suíça. Visava à avaliação do trabalho do PCCC no período 2006-2013, à avaliação do período do CMI pós-Assembleia de Busan (2013) e ao oferecimento de contribuições para a reunião do novo Comitê Central que aconteceria em seguida, de 2 a 8 de julho de 2014. 


Fui convidada pelo staff responsável pelo programa da reunião do PCCC a contribuir com o estabelecimento de um processo de avaliação do período 2006-2013 com a participação de todos os 14 membros. Ofereci a seguinte metodologia: A) preenchimento de questionário com itens relacionados a: (1) mandato do comitê; (2) Composição do comitê e atuação dos moderadores; (3) encontros realizados; (4) contribuição do comitê à vida do CMI; (5) apoio do staff. B) apresentação da tabulação dos questionários respondidos e reação dos participantes em sessão da reunião, com abertura para observações sobre aspectos positivos e negativos e as possibilidades futuras para o novo PCCC a ser eleito na próxima reunião do Comitê Central. Essa sessão foi liderada por mim e por um bispo da Igreja Ortodoxa em atuação conjunta.


Ao final da reunião foi preparado um relatório com destaque para o processo avaliativo e indicações quanto ao novo Projeto Programático do CMI para o período 2014-2016, a partir das ênfases estabelecidas na Assembleia de Busan. Os membros do PCCC que não seriam mais membros do Comitê Central foram convidados a participar da reunião do Comitê Central que seria iniciada em seguida. Decidi participar nas sessões até a que fosse apresentado o relatório do PCCC, o que aconteceu no dia 4 de julho, quando retornei a São Paulo.


Minha participação no PCCC foi positiva, na minha avaliação, levadas em conta as limitações em torno do meu desconhecimento da realidade das Igrejas Ortodoxas, tão restritas no Brasil. Eu até tinha questionado minha indicação para este comitê com o secretário-geral à época Rev. Samuel Kobia, justamente por esta condição de desconhecimento. Sua resposta foi significativa e deu o tom da minha participação. Ele disse: “Certamente os irmãos ortodoxos conhecem muito pouco do Metodismo no Brasil e na América Latina e vão aprender com a sua participação”. Assim conduzi minha presença nas sete reuniões realizadas (Síria, Rússia, Alemanha [duas], Suiça/CMI [duas]). Não tive condições de participar de uma delas (Chipre) por conflito com agenda de trabalho. Agradeço a Deus pelo aprendizado com a realidade dos irmãos e irmãs Ortodoxas/os nos diferentes contextos visitados e com as tensões teológicas e de visão de mundo que permeiam a relação dele/as com os/as Protestantes. Aprendi também com os irmãos e irmãs reformados/as  e luteranos/as participantes. Busquei, durante todo o tempo, oferecer contribuições com base na formação metodista que tem me acompanhado pela vida.


2.       Indicações para participações a partir de 2015


2.1   Comissão Fé e Ordem

Recebi uma carta do secretário-geral do CMI Rev. Olav Fykse Tveit (anexa) comunicando que fui eleita pelo Comitê Central reunido em julho de 2014 como membro da Comissão Fé e Ordem do CMI. Entendo, que para ser eleita em Comissão do CMI, meu nome deve ter sido referendado pela Igreja Metodista no Brasil, portanto, agradeço ao Colégio Episcopal a confiança em mim depositada. Assumi o compromisso com alegria, porém com temor e tremor, dada a importância desta comissão não só para o CMI mas para a história do movimento ecumênico mundial. Recebi depois contato específico com orientações, materiais e convocando para uma reunião que acontecerá de 22 a 27 de junho de 2015, na Romênia. 


2.2   Indicação do Secretário-Geral do CMI para integrar o Grupo de Referência da  Peregrinação de Justiça e Paz, iniciativa aprovada para o período em curso no CMI pela Assembleia de Busan.

Recebi o convite para integrar esse Grupo de Referência (grupo consultor), acompanhado de convite para ser moderadora dele juntamente com o Prof. Fernando Ens, Igreja Menonita da Alemanha. Aceitei o convite por ser atividade significativa, dada a importância da iniciativa para a vida do CMI e suas igrejas-membros no período 2014-2020. A 10ª Assembleia do Conselho Mundial de Igrejas, realizada na Coreia do Sul no final do ano passado, lançou um convite às igrejas-membros e a todas as pessoas de boa vontade de todo o mundo: engajarem-se numa Peregrinação de Justiça e Paz. 


A iniciativa do Conselho Mundial de Igrejas para a Peregrinação de Justiça e Paz tem uma mensagem importante: a compreensão de que a Igreja de Cristo está em peregrinação neste mundo, a caminho de um novo céu e uma nova terra. As igrejas vivem e trabalham por isso. A preposição “de” faz toda a diferença: não uma peregrinação pela justiça e pela paz, mas “de” justiça e paz. Significa que as igrejas precisam seguir no caminho por um novo céu e uma nova terra  testemunhando e trabalhando a justiça com paz (ver documento anexo). A iniciativa foi assumida pelo próprio Conselho Mundial de Igrejas em sua reunião de planejamento de ações para os próximos sete anos, realizada na reunião do Comitê Central em julho (ver também documento anexo com o plano estratégico).


Já participei de duas videoconferências, juntamente com o co-moderador e o staff responsável, para a preparação da primeira reunião do Grupo de Referência, que acontecerá de 22 a 27 de Fevereiro de 2015, no Instituto Bossey (Genebra/Suíça). 


3.       Encaminhamentos resultantes dessas novas participações


3.1   Comissão Fé e Ordem

Já aprendi com os primeiros contatos encaminhados que uma das tarefas de membro da Comissão é estabelecer comunicação entre ela e sua igreja, outras igrejas-membros e organismos ecumênicos do país. Nesse sentido, já fui chamada a essa responsabilidade no que diz respeito ao estudo e aos processos de resposta ao documento da Comissão Fé e Ordem, publicado em 2013, “The Church: Towards a Common Vision”/“A Igreja: Em busca de uma Visão Comum” (versão em espanhol em anexo).


Portanto, irmãos e irmã, bispos e bispa da Igreja Metodista no Brasil, é meu dever como sua representante  na Comissão Fé e Ordem recordá-los/la e reafirmar-lhes da importância do estudo e da divulgação desse documento, especialmente entre as lideranças ministeriais e a Faculdade de Teologia.  Na reunião, na qual devo participar em junho 2015, serei chamada a relatar como está o processo na Igreja Metodista no Brasil em relação a este documento.  Ficarei no aguardo de orientações nesse sentido.


3.2   Grupo de Referência da  Peregrinação de Justiça e Paz

Na reunião,  na qual participarei em Fevereiro de 2015, haverá momento de partilha sobre o significado da Peregrinação de Justiça e Paz para a minha vida espiritual, do ponto de vista pessoal, e também para a minha igreja e para o país. Haverá momento de partilhar as ações que a minha igreja e outras igrejas-membros e organismos ecumênicos estão assumindo como engajamento na campanha. 


Dessa forma, será de grande significado eu receber elementos da liderança de nossa igreja sobre este assunto para poder partilhar no encontro de fevereiro.




São Bernardo do Campo, 1 de dezembro de 2014        
         

Magali do Nascimento Cunha





 

Nenhum comentário: